Justiça

Sari Corte Real é condenada pela morte do menino Miguel, que caiu do 9º andar

Ela foi julgada pelo crime de abandono de incapaz com resultado em morte

1 JUN 2022 • POR Pedro Molina • 15h41
Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo

O Tribunal de Justiça de Pernambuco condenou Sari Corte Real a 8 anos e 6 meses de reclusão pela morte do menino Miguel Otávio da Silva, que ocorreu no dia 2 de julho de 2020. Ela foi considerada culpada pelo crime de abandono de incapaz com resultado em morte.

De acordo com a decisão do juiz José Renato Bizerra, Sari iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, mas ainda cabe recurso da defesa, e a acusada poderá responder em liberdade.

De acordo com a sentença, “não há pedido algum a lhe autorizar a prisão preventiva, a sua presunção de inocência segue até trânsito em julgado da decisão sobre o caso nas instâncias superiores em face de recurso, caso ocorra”.

Relembre o caso

Em 2 de julho de 2020, durante o pico da pandemia de Covid, a ex-doméstica Mirtes Renata levou o seu filho para o trabalho, já que escolas e creches estavam fechadas pela pandemia.

Enquanto levava os cachorros de seus patrões para passear, Mirtes deixou seu filho, Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, aos cuidados de Sair Corte Real, que permitiu que a criança entrasse sozinha no elevador e apertou o botão da cobertura.

A criança, ao chegar na cobertura, saiu por uma porta corta-fogo, saltou sobre uma janela e subiu em um condensador de ar que não aguentou o peso de Miguel. A criança caiu do 9º andar do prédio e não sobreviveu.