Polícia

Jovem foi torturada pelo ex-marido antes de ser morta a facadas em Corumbá

O crime teria sido motivado por ciúmes; os dois tentavam reatar o relacionamento pela quarta vez

23 JUN 2022 • POR Brenda Assis • 15h41

Antes de ser brutalmente assassinada pelo marido durante a madrugada de quarta-feira (22), Grazielly Karine Soares Alves de Lima, 28 anos, teria sido torturada por Edmilson Veríssimo dos Reis, de 33 anos, em Corumbá.  A delegada que cuida do caso acredita que a vítima tenha sido torturada por aproximadamente 25 minutos.

De acordo com uma entrevista dada pela delegada da Mulher, Tatiana Zyngier e Silva, ao Diário Corumbaense, o autor teria levado a ex-mulher para jantar durante uma quarta tentativa de reatar o relacionamento.

A delegada informou que Edmilson recebeu uma ligação, de uma mulher, dizendo que ele estava sendo traído por Grazielly. 

“Na noite do crime eles tinham ido num restaurante jantar, inclusive saíram por volta das 23h e depois voltaram para a residência. A gente acredita na verdade, com bastante veemência, que ele tinha muito ciúmes dela e chegou a informação de que uma mulher tinha entrado em contato com o Edmilson, para falar que a Grazielly estaria traindo-o. Acredito que ele estava premeditando o que faria, quando então, chegou na casa, que era dele, e cometeu o crime”, informou ela.

Para Zyngier, a vítima foi torturada por pelo menos, 25 minutos, antes de ser assassinada. Ela contou ainda que durante a ligação Edmilson foi informado que estava sendo traído, mas que o como a Polícia ainda não teve acesso ao celular do autor, não pode afirmar com certeza o teor da chamada.

“De posse dessa informação de suposta traição por parte da vítima, não estou dizendo que ela tenha feito alguma coisa, não sabemos se houve essa mensagem ou não, ou se era da cabeça do próprio autor, para justificar o ciúme que ele tinha da vítima. Não conseguimos acessar o celular dele, mas vamos investigar. Foi o que uma das testemunhas nos passou, que ele estaria desconfiando e uma mulher teria contado para ele da traição. Se isso era verdade ou não, só a investigação para confirmar”, reforçou a delegada.