Polícia

Fisioterapeuta para na delegacia por fazer procedimentos estéticos na Capital

De maneira ilegal, ela fazia aplicações e dava cursos em uma clinica localizada na Rua da Paz

10 AGO 2022 • POR Brenda Assis • 17h24
Reprodução/Google Maps

Fisioterapeuta, de 38 anos, foi parar na delegacia após ser flagrada pela Vigilância Sanitária realizando procedimentos que não condizem com a sua profissão e atuando sem o registro necessário da área. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (10), em uma clinica localizada na Rua da Paz, em Campo Grande.

Conforme consta no boletim de ocorrência, uma denúncia foi feita dizendo que a profissional estaria ministrando cursos de procedimentos privativos de ato médico, tendo como público alvo pessoas que não eram da área médica. Além disso, ela chamava até os pacientes para participar das aulas práticas.

Durante a fiscalização, a mulher afirmou ser fisioterapeuta e médica, mas quando solicitado, não apresentou os documentos provando as duas profissões.

Na sala de espera, estava uma paciente aguardando atendimento, ela faria um preenchimento com ácido hialurônico. Porém, a paciente acabou indo embora, uma vez que não tinha um profissional habilitado para estar realizando a aplicação.

Na clinica, foram encontrados diversos produtos injetáveis, agulhas, seringas, fio de sutura, e medicamentos injetáveis, que a profissional, por sua formação não poderia utilizar. Uma sala e armários com produtos para saúde e medicamentos foram interditados pela vigilância.

O fiscal informou ainda a polícia que a autora não tem registro profissional para atuar em Mato Grosso do Sul como fisioterapeuta e muito menos poderia estar realizando aqueles tipos de procedimentos, pois não são de competência de profissionais de fisioterapia.

Nas redes sociais, a autora divulgava ainda cursos e os procedimentos realizados na clinica, com fotos e vídeos das execuções. Foi publicado também que ela esteve em um evento de beleza, realizado na Capital no último final de semana. Em seu perfil, as equipes encontraram vídeos divulgando cursos de anatomia e anestesia em cadáveres.

Para a polícia, uma testemunha informou que a mulher é formada no Paraguai, os procedimentos realizados e divulgados são experimentais. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, como exercício ilegal da medicina, arte dentaria ou farmacêutica.