Política

Joaquim Barbosa: 'Não serei candidato a presidente'

9 MAR 2014 • POR Via Brasil 247 com Época • 09h36
Joaquim Barbosa é adepto da escola ativista. Seu senso de execução da Justiça, apesar de alguns exageros, anima o Supremo. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Em meio a diversas especulações sobre seu futuro político, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, voltou a negar que tenha um projeto político rumo ao Palácio do Planalto em 2014. "Não serei candidato a presidente", afirmou, em entrevista ao jornalista Diego Escosteguy, da revista Época, que chega às bancas neste final de semana.

"Deixem falar... Deixa falar... Não serei candidato a presidente. Realmente eu não quero", disse Barbosa. "É lançar-se, expor-se, a um apedrejamento", acrescentou. O ministro, que foi relator da Ação Penal 470, o chamado 'mensalão', deixou em aberto, porém, o que virá em termos de projetos políticos quando deixar a Corte, ao negar que tenha articulado alianças com partidos.

As especulações dão conta de que Barbosa teria recebido convites do PSB e do PV, mas ele diz nunca ter recebido ninguém para conversar e negou fazer política enquanto ocupa o cargo de ministro. "Em primeiro lugar, acho que não seria apropriado eu, como presidente do Supremo, sair por aí fazendo negociações políticas. No dia em que sair daqui, estarei livre para fazer isso. Enquanto eu estiver aqui, não", disse.

As abordagens das legendas, segundo ele, são "indiretas", não chegam diretamente a ele. "A maior parte do que sei é pela imprensa", declarou. Sobre a política em si, Joaquim Barbosa disse não se ver entrando nesse mundo. "O jogo da política é muito pesado, muito sujo. Estou só assistindo a essa movimentação".

Nessa sexta-feira 7, o presidente do PT, Rui Falcão, insinuou que, independente da candidatura de Barbosa a um cargo político, o ministro já pratica a política como membro do Supremo Tribunal. "Como político, é um bom magistrado. Como magistrado, é um bom político", definiu o deputado. Questionado se gostaria de vê-lo na disputa, respondeu ser indiferente. "Nós não escolhemos adversários".