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Arena Amazônia: o que deu certo e o que não funcionou

10 MAR 2014 • POR Via Terra • 10h24
Arena Amazônia foi inaugurada com um empate entre Nacional-AM e Remo pela Copa Verde. (Foto: Márcio Azevedo especial para Terra)
Uma hora antes da inauguração da Arena Amazônia nesse domingo, no empate por 2 a 2 entre Nacional-AM e Remo, o acesso ao local era considerado tranquilo pelos torcedores. Os que já estavam dentro do estádio apenas reclamavam dos preços e das filas para compra de bebidas e lanches.

No entorno da arena tudo foi isolado em um raio de 1 km. Os torcedores eram recebidos por policiais militares, que tratavam todos com cordialidade. O que espantou um torcedor que saiu de Belém para assistir ao jogo, válido pela volta das quartas de final da Copa Verde.

"A polícia daqui está um amor. Estamos sendo bem tratados. Não estamos acostumados com isso. Lá em Belém somos tratados como bandidos", elogiou o técnico de climatização Aguinaldo da Cremação, 25 anos, torcedor do Remo. Segundo a Polícia Militar, não houve nenhum registro de ocorrência até o momento do jogo no entorno da Arena Amazônia.

Preços e filas: não agradaram
Dentro da Arena, houve filas em frente a lanchonete e torcedores reclamando dos preços. "Estou há mais de 20 minutos na fila. E esses preços estão um absurdo. R$ 5 um salgado, R$ 3 um picolé? Isso é um roubo", reclamou o armador José Diniz, 35 anos.

Banheiros e facilitadores: aprovados
Alguns pontos positivos apontados pelos torcedores foram a higiene dos banheiros e os mais de 400 facilitadores espalhados pela Arena, que tiravam as dúvidas das pessoas.

"Eu estava meio perdido procurando o banheiro, quando uma mulher de verde veio até  mim perguntar se eu precisava de ajuda. Tomei um susto, mas foi muito interessante. Minha outra surpresa foi encontrar um banheiro limpo e cheiroso, e um senhor fazendo a limpeza do lugar", destacou o segurança Paulo Augustinho, 29 anos.

O cadeirante Wilson Rêgo, 52 anos, também elogiou o serviço dos facilitadores na Arena. Assim que ele acessou o estádio, um facilitador, também cadeirante, foi ao encontro para levá-lo ao local no qual iria assistir à partida.

"Aqui dentro só tenho elogios, mas meu acesso até a porta da Arena foi horrível. Muito longe o limite de acesso para nós cadeirantes. Podiam permitir que um carro nos deixasse mais perto", disse Rêgo.

Internet: não funcionou
O que não funcionou como deveria na Arena da Amazônia foi a internet de alta velocidade. Muitos usuários reclamaram do serviço. "Aqui em Manaus é sempre assim. Toda vez que há concentração de muitas pessoas em um único local, isso acontece. Até agora não consegui postar nenhuma foto aqui da Arena para minha família, que não pôde vir", reclamou a assessora parlamentar Kezia Miranda, 33 anos.