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Candidato que foi esfaqueado conta tudo

"Ela já me unhou, e deu uma garfada no pai da filha" dispara Saulo contra ex-amante

27 SET 2022 • POR Gabrielly Gonzalez • 17h31
Saulo Batista durante entrevista ao JD1 Notícias; candidato tem marcas no rosto, peito e braços - Reprodução

“A mentira não pode virar verdade só por ser contada por uma mulher”, o candidato a deputado federal, Saulo Batista (Republicanos), de 40 anos, esfaqueado na tarde desta segunda-feira (26), em residencial de luxo no Centro de Campo Grande, afirmou que a história da amante, Daisa Garcia, de 29 anos, é mentirosa e que ela está tentando se passar por vítima para registrar um boletim por violência doméstica.

À reportagem do JD1 Notícias, Batista contou que estava separado de Daisa. "Desde sábado, eu e a Daisa tínhamos decidido que íamos romper e no domingo, inclusive, ela tomou duas providências, a primeira delas foi, com o carro que eu forneci, pegou a filha dela, levou para a casa do pai, no interior de São Paulo. Depois, desocupou o imóvel que eu alugava para ela, isso tudo com muita tranquilidade, com as conversas normais num fim de relacionamento", pontuou.

Além disso, contou que no residencial eram alugados dois apartamentos, o que ele morava e o que ele alugava para ela morar com a filha e que, assim que ela avisou que já tinha retirado todas as coisas, trocou a senha da fechadura.

Já na segunda-feira (26), o candidato afirma que Daisa chegou no apartamento e ele pediu que ela saísse. "Nesse momento ela percebe que tem alguém e acontece as primeiras agressões, arranhões, mordidas, e foi aí que o pessoal do condomínio tirou ela do meu corredor”, contou. “Ela voltou depois disso, acha mesmo que se ela estivesse com medo, se fosse verdade que ela teria ido lá porque achava que eu não estava, ela voltaria? Ela já sabia que estava lá”, completou.

“Ela quebrou copos, pratos, várias coisas, até pegar a faca e ameaçar a moça que estaca comigo, que não tem nada a ver, era apenas uma amiga”, relembra. Neste momento, o candidato disse que teria segurado a mão de Daisa para tentar que ela soltasse a faca, momento que foi golpeado por ela.

“Talvez ela tenha marcas no pulso, onde segurei para tentar impedir que ela esfaqueasse a menina [mulher presente na hora do fato]; ela não tem marcas, eu estou todo arranhado, mordido, esfaqueado... e se fosse ela com todos esses hematomas, eu estaria solto agora? Eu teria saído sem pagar, pelo menos, uma fiança”, indagou.

“Tenho muito respeito todos os órgãos de proteção da mulher e de enfrentamento à violência contra a mulher ao feminicídio. Mas infelizmente o que eu estou vendo aqui é uma estratégia de puder atrair a competência desses órgãos, inclusive a DEAM [Delegacia da Mulher] buscando um tratamento mais favorável a ela pelo fato dela ser mulher".

"Porque essa é a pergunta ‘se fosse o contrário, se tivéssemos chegado ontem na frente do delegado, eu tivesse apenas uma versão de que ela partiu pra cima de mim e fosse ela a estar do meu estado, com marcas de violência e esfaqueada? Eu teria saído da delegacia sem sequer pagar a fiança como aconteceu com ela? Eu acho que todo mundo sabe a resposta, né?’”, declarou Saulo.

Ainda afirma que o exame de corpo de delito vai provar que ele não a agrediu. "Se ela [advogada] afirma que havia uma agressão e que a Daisa teve que reagir, onde estão as marcas da agressão? as únicas marcas que ela tem de machucado são nos pulsos, porque é o local onde você segura e aperta quando quer desarmar alguém que esta portando uma faca", pontuou.

Outras agressões –

O candidato também revelou à reportagem que esta não seria a primeira agressão cometida por Daisa. “Ela já me unhou em outras ocasiões, e não foi só comigo, esse é um temperamento dela, desde os 16 anos, com o pai da filha dela, uma vez ela deu uma garfada na perna dele porque ele não foi recolher roupa”, disse.

Casamento –

Perguntado sobre seu casamento, Saulo disse que ele é uma pessoa pública, mas a esposa não. “Os desdobramentos disso devo à minha família, não vou dar declarações públicas sobre isso”, finalizou.