Cultura

MIS recebe vídeo instalação que reelabora a narrativa da origem

26 MAR 2014 • POR Via Notícias MS • 09h43
(Arte: divulgação)
O Museu da Imagem e do Som abre no dia 1º de abril, às 19 horas, a exposição de vídeo instalação ?M – obracolética, que utiliza diferentes recursos para apresentar uma reflexão orgânica e visual dos conceitos da existência humana.

Assinada por cinco artistas de diferentes áreas de atuação (Debora Bah - fotógrafa e montadora; Gabriel Savala - montador e desenhista; Jonas Feliz - músico e desenhista de som; Leonardo Copetti - músico e desenhista de som e Maíra Espíndola - artista plástica e performer), a exposição transforma-se em uma obra colética, aglutinada.

Motivada pelo ensejo de capturar o início daquilo que nomeamos vida, ?M – obracolética transcende a reflexão científica e filosófica para flexionar sua própria matéria. As peças em exposição convidam à experimentação subjetiva. Através da água, do óleo, tintas de diferentes bases, luzes, sons, ideias, abstrações, todos os processos foram desenvolvidos organicamente dando origem a peças cuja organicidade é patente.

Os suportes da mostra utilizados são a imagem em movimento, o som e a palavra escrita.

O título da exposição foi escolhido elegendo o milenar mantra hinduísta e budista OM como referência e recurso sonoro. Sua escrita se dá transformando a letra O no símbolo matemático ? (ômega) - muitas vezes usado para denotar o último, o fim, ou o limite último de um conjunto.

Os artistas de escoraram em Sol Lewitt pra justificar escolhas e lacunas, quando este alega que “os artistas conceituais são mais místicos do que racionalistas. Eles procedem por saltos, atingindo conclusões que não podem ser alcançadas pela lógica” (Sentenças / 1969).

?M – obracolética
Com um mergulho na física, de Georges Lemaitre a Edwin Hubble, passando por W.O. Schumann, Nikola Tesla e Ernst Chladni, ?M - obracolética se inspira em investigações sobre a possível explosão originária do universo, a expansão, a ressonância responsável pelo equilíbrio da biosfera, a leitura do Universo em termos de energia, frequência e vibração. Observações da ciência que se combinam e às vezes até remontam a antigas proposições, como as hindus sobre os ciclos de criação e destruição da natureza ou a Lei da Correspondência atribuída ao místico e alquimista Hermes Trismegisto.

O que decerto despertou no átomo primordial o movimento que gerou toda a matéria? Estaria a matéria, após esse ponto nevrálgico, sendo organizada e reorganizada a partir de padrões caóticos que não conseguimos determinar? Existiria alguma potência mística por trás disso? Se as perguntas continuam sem resposta que as partículas se explodam... de novo. Start.

Serviço
A mostra ?M – obracolética será aberta no dia 1º de abril (terça-feira), às 19 horas, no Museu da Imagem e do Som, que fica no Memorial da Cultura, na avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º andar, Centro. Pode ser visitada de segunda a sexta, das 7h30 às 17h30 até o dia 1º de maio.