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Presidente da Portuguesa desiste da Série A: 'É injusto, mas temos de aceitar'

20 ABR 2014 • POR Via Globoesporte.com • 18h30
Ilidio Lico tentou, mas não conseguiu virar a mesa do Brasileiro. (Foto: reprodução)
No que depender da Portuguesa acabaram as batalhas judiciais para tentar uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro em 2014. O dirigente Ilídio Lico falou na manhã deste domingo, e fez um desabafo:

"Não, não vamos tentar voltar para a Série A. Não tem mais o que fazer. Não existe. temos que aceitar a realidade. O campeonato está aí, os jogos estão marcados. É uma injustiça? É. Mas agora não adianta."

Na noite de sexta-feira, estreia do time na Série B do Brasileiro, a Portuguesa jogou durante 16 minutos contra o Joinville e então retirou o time de campo. A alegação foi que o clube estava cumprindo uma decisão liminar da 3a Vara Cível da Penha, em São Paulo, que obrigava a CBF a incluir a Portuguesa na Série A do Brasileiro. Tal liminar foi cassada na noite de sábado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

"Eu sabia que essa liminar seria cassada. Eu cheguei a torcer para isso acontecesse antes do jogo contra o Joinville, assim nós não teríamos problemas. Nós tiramos o time de campo porque fomos obrigados. Ameaçaram a mim e ao clube caso nós descumpríssemos a decisão" afirmou Lico, sem dar detalhes sobre o autor de tais ameaças.

A Portuguesa pode ser punida pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por ter abandonado a partida contra o Joinville. A Lusa pode ser punida com perda de pontos, multa e, no limite, exclusão da Série B.

"Eu espero que não aconteça. Vou falar com o presidente Marin, explicar minha situação. Eu fiz isso [tirar o time] para não prejudicar a mim e à Portuguesa. Espero que tenham consciência disso" afirmou Lico.

Diante de cenário tão adverso para o clube, o dirigente afirma que não se arrepende de ter assumido a presidência da Portuguesa.

"Arrependido, não. Estou triste por essa situação toda. Não porque a liminar foi cassada, que isso eu já esperava. Mas é muito difícil, hoje é impossível administrar a Portuguesa na Série B com todos os problemas que me deixaram. A Portuguesa está quebrada. O que vou fazer? Usar muita criatividade. Não vou abrir mão da Portuguesa, sou um homem de luta."