Educação

Professores da rede municipal decretam greve até a próxima semana na Capital

De acordo com a ACP, a greve se da devido ao não pagamento do reajuste salarial de 10,39%

2 DEZ 2022 • POR Brenda Leitte, com G1 • 13h52
Fachada de uma escola municipal em Campo Grande - Foto: Prefeitura de Campo Grande/Divulgação

A greve geral dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande começou nesta sexta-feira (2). A decisão foi tomada devido à negativa da prefeitura de Campo Grande em reajustar o salário em 10,39%, segundo o Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).

Procurados pela reportagem, a ACP informou que a greve foi definida pela categoria em assembleia geral e tem adesão em todas as escolas da Reme, mesmo que em algumas unidades a paralisação seja parcial.

Como exemplo, a Escola Municipal Antônio José Paniago, no Jardim Itamaracá, recebe os alunos normalmente no período da manhã nesta sexta-feira. No período da tarde, os estudantes terão atividades não presenciais devido ao jogo da Seleção Brasileira.

Impasse no reajuste salarial

Segundo o ACP, a correção salarial está prevista em lei municipal e seria aplicada de forma escalonada, 5,03% em abril (já cumprido), 10,39% em novembro e 4,78% em dezembro. A rede municipal de ensino conta com 108 mil alunos.

Em contrapartida, o município propôs o pagamento de 4,7% no salário de dezembro, segundo o cronograma que inclui todos os outros servidores da prefeitura. Além disso, a administração ofereceu um auxílio alimentação de R$ 400 para os professores com jornada de 40h semanais, e proporcionalmente, R$ 200 para os profissionais com jornada de 20h. A categoria rejeitou a proposta.

No dia 25 de novembro os professores fizeram um protesto na frente da prefeitura de Campo Grande para pedir que o acordo de reajuste salarial feito com o antigo prefeito, Marquinhos Trad (PSD), fosse cumprido. No dia 29 de novembro as aulas foram paralisadas novamente na rede municipal.

A Prefeitura de Campo Grande entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), nesta quinta-feira (1º), contra a greve dos professores. Se a solicitação da prefeitura for acatada pela justiça, o sindicato poderá ser condenado a pagar multa diária de R$ 100 mil pelos dias paralisados.

De acordo com a prefeitura, a greve é ilegal, pois o Executivo apresentou uma contra-proposta, assim como as negociações não esgotaram.

 

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