Esportes

Bom Senso quer jogadores de pequenos em reunião com Dilma

23 ABR 2014 • POR Via Terra • 11h15
Ruy tornou-se portavoz de jogadores de times menores que sofrem para trabalhar. (Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press)
O Bom Senso FC foi convidado pelo Palácio do Planalto para um encontro. Um dos líderes do movimento, o goleiro Dida, do Internacional, revelou que a intenção do grupo é levar para a reunião com a presidente Dilma Rousseff jogadores que atuam por equipes pequenas no Brasil e acabaram desempregados após o final dos estaduais.

Uma das principais propostas do Bom Senso é alongar a disputa deste tipo de competição para que os clubes pequenos tenham calendário o ano todo. Um protesto já foi feito neste ano, com faixa demonstrando a quantidade de jogadores que ficará desempregado com o fim dos Estaduais. Um dos jogadores que pode aparecer no encontro é Ruy Cabeção, que recentemente detonou a organização do futebol brasileiro.

"Fomos contatados pelo secretário do ministro Aldo Rebelo e pelo chefe de gabinete, e depois por ele. O contato partiu do ministro dos Esportes a pedido dela (Dilma). E estamos vendo a possibilidade. Queremos participar com jogadores das equipes menores, para deixar claro que somos um grupo e estamos trabalhando para todos. Estamos vendo a questão de datas, quando os atletas podem, para que a gente compareça", explicou o goleiro colorado.

O movimento também espera que mudanças ocorram no futebol brasileiro em breve. O goleiro Dida afirmou que tem esperanças que a realidade possa mudar com a eleição de Marco Polo Del Nero, mesmo que o novo comandante da CBF a partir de 2015 siga a mesma linha que o atual presidente, José Maria Marin.

"Houve a eleição e esperamos sempre por mudanças. Esperamos que melhore as condições, não só para nós jogadores, mas para todo mundo, os torcedores e patrocinadores. Sabemos da dificuldade que todos enfrentam. Esperamos que veja com bons olhos. Acreditamos nisso e desejamos mudanças no futebol, nas melhorias como um todo. Nossa função como atleta é também de alertar a todos, que todo mundo compreenda a situação dos jogadores", opinou Dida.

O advogado do Bom Senso afirmou nessa terça-feira que o movimento "não acabou" e que ainda há uma possibilidade real de greve no país.