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Definido cenário político em MS: Serra sobe em palanque de Puccinelli; Dilma, no de Zeca do PT

11 JUN 2010 • POR Alessandra de Souza • 09h50
A vinda do presidenciável tucano José Serra a Campo Grande, nesta quinta-feira, pôs um ponto na dúvida que se arrastava desde o ano passado: de que lado ficaria o governador André Puccinelli, do PMDB, candidato à reeleição. O desfecho, embora previsível, foi oficializado hoje. Puccinelli avisou que em seu palanque sobe Serra. Com isso, a ex-ministra Dilma Roussef, a pré-candidata do PT à Presidência, ficou à vontade em se juntar a chapa de Zeca do PT, o pré-candidato do PT ao governo de Mato Grosso do Sul. O PMDB e o PT disputam à Presidência juntos, mas a coligação não impediu que nos Estados às siglas se confrontassem. Como Serra subirá no palanque de Puccinelli, ficaram remotas as chances de Dilma contar com o apoio do governador sul-mato-grossense. A ex-ministra poderia subir também no palanque do peemedebista, caso ele não apoiasse Serra. No discurso que fez hoje, ao lado de Serra, Puccinelli disse que, embora Lula tenha sido um bom presidente, Mato Grosso do Sul “precisa de um pai” e que “esse pai seria José Serra”. Antes disso, o presidenciável havia prometido duplicar a BR-163, a principal estrada que cruza Mato Grosso do Sul de ponto a ponta e a que mais registra acidentes. Ele disse ainda que é plano seu fortalecer a segurança na fronteira com a Bolívia. No domingo passado, o PT promoveu seu 18º Encontro Estadual aqui em Campo Grande e, no evento, o presidente nacional do partido, José Dutra, já havia dito que o palanque de Zeca era o palanque de Dilma. Dutra afirmou ainda que o petista será apoiado pelo presidente Lula. Duas semanas atrás, Puccinelli avisou o motivo de apoiar Serra e não Dilma. É que ele temia que se acertasse aliança com a petista, o PSDB local lançaria candidatura própria e isso poderia tirar votos dele.