Comportamento

Realizando um sonho, campo-grandenses vivem experiência em show do Coldplay

Ao JD1, Bruna Petillo e Pãmella Aranda contaram como foi ouvir as músicas da banda favorita pessoalmente

15 MAR 2023 • POR Brenda Leitte • 18h00
Show do Coldplay - Foto: Pãmella Aranda

Há quem largaria tudo para ir assistir um show da banda Coldplay aqui no Brasil. Milhares de fãs estiveram presentes no último fim de semana em São Paulo para viver essa experiência, dentre elas, duas jovens Campo-grandenses. Ao JD1 Bruna Petillo e Pãmella Aranda descreveram um pedacinho de como foi o momento.

Cada uma com sua história, mas com muita coisa em comum. Bruna Petillo, de 28 anos, se programou para curtir o show de uma das suas bandas favoritas, mas levou um susto no ano passado. Isso porque a data inicial do show precisou ser adiada. "Estava planejando ir em outubro de 2022, mas eles cancelaram o show e remarcaram pra 13/03. A plataforma de compra do ingresso deu a opção de devolver o dinheiro, devido a mudança, e o pior é que eu já estava em São Paulo na data do cancelamento, por compromissos de trabalho. Fiquei triste, mas optei por continuar com o ingresso e ir à nova data".

Bruna Petillo - Foto: Arquivo

Hoje, a psicóloga comemora por não ter desistido do show. "A experiência é incrível. Tem uma energia muito boa. Eles cantam exatamente igual pessoalmente, os efeitos visuais de fogos e luzes deixa tudo ainda mais cósmico. É difícil escolher o momento mais marcante, pois todos foram. Eu fiquei encantada com ele falando português, é engraçado! Mas paradise, yellow e the scientist foram as melhores. Acho que yellow ainda ganha porque antes da música começar o estádio todo ficou amarelo com as pulseiras", relembrou.

Como nem tudo são flores, claro que teve "perrengue chique" na viagem. "O dia que eu fui choveu a tarde inteira, e o caminho para o estádio também estava chuviscando. Mas quando entramos no estádio parou e não choveu mais até o outro dia. Perrengue mesmo foi ficar 2 horas parada na Avenida Morumbi, por causa do congestionamento, ficar sem pulseira que brilha porque não tinha pra todo mundo, e na volta, pagar 200,00 de táxi, porque na verdade não conseguia carro pelo aplicativo pra voltar, e tinha vários taxistas ali oferecendo preço fechado. Mas tudo valeu a pena", contou ela.

Pãmella Aranda - Foto: Arquivo

Em contrapartida, para Pãmella Aranda, de 25 anos, apesar de ser bastante fã da banda Coldplay, no início ela nem achou que fosse possível viver isso tudo. "Quando eles anunciaram a turnê no Brasil em 2022 eu nem fui atrás, porque parecia algo muito além da minha realidade. Depois do Rock in Rio e do cancelamento da turnê, eles abriram novas vendas, e uma amiga minha me incentivou a comprar, meu namorado também, que mesmo não curtindo muito afirmou que iria comigo. Porém, na primeira hora que abriu as vendas, esgotou", relatou.

Buscando outra alternativa, a psicóloga de terapia cognitivo-comportamental foi em busca das vendas para o "Infinity Ticket", uma nova ação do Coldplay para a turnê, que consiste em ingressos mais baratos para quem não tem condições. O objetivo da banda é que todos os públicos tenham a oportunidade de vivenciar o show.

"O infinity ticket são ingressos vendidos em pares por 220,00 o par, segundo eles é uma experiência mágica a ser vivida a dois. E detalhe: o setor é surpresa, só descobre na hora quando for retirar o ingresso na bilheteria. Nessa turnê eles iriam liberar apenas 50 pares. Era quase impossível, mas era a única chance. No dia seguinte às vendas abriram às 9:00, 9:01 esgotou. Eu fiquei tão triste e indignada que permaneci atualizando o site por 1h40, até que liberou um par de ingressos e comprei. Foi tão rápido, que nem me atentei ao dia que havia comprado, e no final foi um sábado, um dia perfeito. Eu paguei 220,00 em dois ingressos para o show do Coldplay, vocês têm noção?! Eu chorei muito na hora, minha irmã estava comigo, liguei pra minha mãe e para o meu namorado para contar e desde então começamos a planejar", detalhou a jovem.

O "perrengue chique" da vez, foi com sua residência, uma semana antes do show. "Eu fui convocada para trabalhar em um hospital, e precisei avisar minha preceptora e minhas R2 que havia uma viagem marcada. Graças a Deus sou rodeada de pessoas maravilhosas, e todos compreenderam minha situação e me liberaram para viajar. Foi muita correria, pois minha rotina mudou, minha imunidade baixou e acabei pegando uma inflamação e infecção de garganta muito forte. Meu voo era sexta de manhã, e quinta à noite eu estava no hospital tomando remédio na veia para diminuir a dor. Eu e meu namorado embarcamos na sexta de manhã e quando chegamos para o show, descobri que o nosso setor seria a Pista Premium, o melhor lugar, perto deles”, relembrou ela ao JD1.

 

Incrédula que aquilo estava realmente acontecendo, Pãmella só acreditou onde estava quando entrou no Morumbi. "Eu me emocionei, deu vontade de chorar, porque eu estava realizando um sonho naquele momento. Foi uma das melhores experiências da minha vida, estar lá com meu namorado foi muito especial, ele sempre apoiou minhas aventuras, planos e sonhos, sou muito grata a ele. Ele me agradeceu muito por eu ter levado ele ao show, segundo ele, ele realizou um sonho que nem sabia que tinha. Foi mágico, foi surreal, foi intenso, foi único. É uma experiência sem igual olhar em 360 graus e ver aquelas pulseiras brilhando ao seu redor, é lindo. Eu amei todos os segundos, mas Viva Lá Vida, Yellow e My Universe foram os momentos mais mágicos do show. Eu treinei a música Yellow por meses, é minha preferida, então foi um momento muito especial. Esse show entrou para o ranking de um dos meus melhores momentos de vida", afirmou.

Pãmella e o namorado - Foto: Arquivo

A história de Pãmella com o Coldplay começou ainda na infância, antes mesmo de saber quem era a banda. Curtindo as músicas, ela nem imaginou que anos depois, iria chorar em um show deles. "Eu sou a filha mais velha, então minhas primeiras representações de músicas quando criança eram os sertanejos que meu pai ouvia, e eu odiava rsrs. Eu não tinha muito acesso à internet, me lembro que na época era MP3, MP4, IPOD, e eu nunca tive nada disso. Conforme fui ficando mais velha, fui descobrindo novos gêneros musicais. Consigo me lembrar claramente de quando eu tinha uns 10 anos, e comecei ouvir 'paradise' e 'yellow', e já pensava ser um sonho ir a um show deles. Em 2017 eles vieram para o Brasil, e uma amiga foi no show, e me lembro de ver a situação como algo muito distante da minha realidade, mas me lembro de pensar 'um dia eu terei condições e vou'. E eu fui!", finalizou ela.

 

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