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Com Messi na caça aos recordes, Argentina pega Suíça em SP

1 JUL 2014 • POR Via Terra • 11h04
Lionel Messi no treinamento da véspera do jogo, segunda-feira, em Itaquera. (Foto: Ricardo Matsukawa/Terra)
Lionel Messi já tem mais gols que Diego Maradona pela Argentina e caminha para ter mais partidas, mas ainda falta algo para realmente atingir status parecido. Sem nunca ter marcado em mata-mata de Mundial, mas na primeira participação de impacto no torneio, Messi tem nesta terça-feira, em São Paulo, a chance de provar que esta é mesmo a sua hora. O rival é a Suíça, segunda colocada no Grupo E.

Adversário de boas lembranças ao número 10 argentino, o time suíço pode ser a fronteira que separa Messi de duas marcas expressivas aos 27 anos. Caso vença e garanta sua participação nas quartas de final, ele irá superar Diego com 91 jogos com a camisa do país. Com 398 gols, Lionel também ficará feliz se repetir o feito do último jogo, quando marcou duas vezes contra a Nigéria.

Para que isso seja de fato possível, a Argentina irá precisar de uma atuação com mais equilíbrio entre seus setores. Na entrevista coletiva da véspera de jogo, Alejandro Sabella admitiu que quer um time mais compacto e seguro na defesa, por mais que a necessidade do principal jogador seja inevitável. "Com jogadores dessa classe sempre existirá uma dependência", lembrou.

"O futebol moderno requer a equipe compacta e que as linhas sejam o mais curtas possíveis", analisou Sabella, agora desfalcado de Kun Agüero por contusão. "Nunca quis que não fosse assim. É que temos atacantes muito rápidos. Se atacamos em forma vertical, a equipe fica larga para que seja difícil de acompanhar a velocidade deles", disse ainda em fase de ajustes.

Contra um adversário duro como a Suíça, a Argentina sabe que depender só de Messi pode não ser o bastante. Autor de quatro dos seis gols da equipe na fase de grupos, ele tem resolvido para Alejandro Sabella. "Ele faz um grande Mundial. O que todos esperávamos, o que ele e seus companheiros esperavam. Obviamente ele é determinante", resumiu o técnico.

Para tentar corrigir os problemas do time, como a recomposição pelo lado direito e a pouca mobilidade na frente, Ezequiel Lavezzi deverá ser escolhido como novo titular na vaga de Agüero. Maxi Rodríguez, que treinou na equipe principal na segunda-feira, corre por fora. Nos demais setores, nenhuma complicação para os argentinos.

Goleada por 5 a 2 pela França, a Suíça tenta jogar as quartas de final pela primeira vez desde que foi sede, em 1954. Cabeça de chave na primeira fase, o time do alemão Ottmar Hitzfeld só levou a vaga depois de vencer Honduras na última semana, mas ainda não convenceu em definitivo no Brasil. O pior para os suíços é também ter uma dependência: de Xherdan Shaqiri, no caso.