MS lidera ranking nacional, com mais casos de feminicídios
Em apenas 4 meses de 2023, já foram registrados 59 casos de tentativa de feminicídio, oito deles com vítimas que não sobreviveram
1 JUN 2023 • POR Karine Alencar • 12h55
Relatório do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, revela que o Estado lidera o ranking nacional com a maior taxa de assassinato de mulheres, sendo 8,3 a cada 100 mil. O dossiê mostra que no ano passado, 161 mulheres foram vítimas dos homens, sendo que 37 foram mortas.
O cenário de grande impacto chama atenção, por 73,3% das vítimas não possuírem medida protetiva de urgência e 37,1% delas tinham idade entre 20 e 29 anos. Em apenas 4 meses de 2023, já foram registrados 59 casos, oito deles com vítimas fatais.
Para o Ministério Público, os altos índices de casos de feminicídio reforçam que as mulheres ainda estão vulneráveis e expostas a diferentes formas de violência.
Decretado como o Dia Estadual Contra o Feminicídio, o dia 1º de junho junho lembra o dia da morte da jovem Isis Caroline, ocorrida em 2015, que foi o primeiro caso de feminicídio registrado no Estado, após a vigência da Lei nº 13.104/2015, que tornou o feminicídio um homicídio qualificado e o colocou na lista de crimes hediondos, com penas mais altas.
Caosos- No dia 13 de janeiro, Claudineia Brito da Silva, de 49 anos, morreu em Campo Grande, após uma briga com direito a tapa, mas com o revide de uma facada em seu pescoço, desferida por Hércules José Andrade Soares, de 51 anos.
O segundo caso na Capital, foi de Albina Freitas. A vítima foi esfaqueada pelo ex-marido no dia 28 de fevereiro, na Rua Jaime Cerveira, no Jardim Anache, não resistiu aos ferimentos.
Ela deu entrada no hospital com vários ferimentos, e durante o atendimento médico, teve uma parada cardiorrespiratória e, apesar dos esforços da equipe, partiu.
Três meses depois, Karolina Silva Pereira, de 22 anos, morreu no dia 2 de maio após atingida por um disparo na cabeça feito pelo ex-companheiro Messias Cordeiro da Silva, de 25 anos no dia 30 de abril. Ela chegou a ficar internada por três dias, mas não resistiu.