Esportes

Oscar: Mundial pode mudar relação de atletas da NBA com povo

16 AGO 2014 • POR Via Terra • 11h25
Oscar reconhece importância dos atletas da NBA para a Seleção Brasileira. (Foto: Mauro Pimentel/Terra)
Oscar Schmidt nunca escondeu suas críticas aos constantes pedidos de dispensa de jogadores que atuam na NBA da Seleção Brasileira. O ex-jogador nunca aceitou o fato de jogadores optarem por continuar em seus clubes, nos Estados Unidos, em vez de defender seu país, como ele, brilhantemente, fez em toda a sua carreira. Apesar das diferenças, Oscar reconhece a importância que os atletas possuem para o atual grupo e acredita que um bom desempenho no Mundial pode até mesmo mudar a imagem deles com o povo brasileiro.

O caso mais recente aconteceu com Nenê Hilário, do Washington Wizards, que foi vaiado pela torcida no Rio de Janeiro, em outubro do ano passado, durante o primeiro jogo entre equipes da NBA em solo brasileiro. Na ocasião, Oscar disse que os atletas tinham dado um calote no país, e Nenê rebateu: "não devo desculpas a ele".

Apesar da situação delicada, Oscar acredita que uma boa campanha da equipe no campeonato que será realizado na Espanha, a partir do dia 30, pode ajudar nessa relação. "Sem dúvida pode mudar. A Seleção depende muito deles", disse Oscar em entrevista exclusiva ao site Terra.

Para o maior ídolo do basquete brasileiro, a Seleção não pode repetir o vexame da última Copa América, quando foi eliminada com quatro derrotas na primeira fase. Neste torneio, a equipe nacional não contou com os jogadores que atuam nos Estados Unidos, o que, para Oscar, afetou diretamente o desempenho. "Já estão fazendo diferente. Levar os jogadores da NBA fará diferença. Se todos chegaram em condições, o Brasil pode chegar no pódio".

Oscar não quis apontar um nome como grande jogador da Seleção Brasileira na competição, preferiu enfatizar o grupo e o trabalho do treinador argentino. "Não existe isso (de um cara liderar a equipe). Basquete é um jogo coletivo e depende de todos, também vai depender muito do trabalho do Rubén Magnano".

Apesar de reconhecer a importância do técnico, Oscar não muda sua opinião sobre Magnano, declarada em alto e bom som após o vexame na Copa América. "Para mim já deu. Classificou para os Jogos Olímpicos de 2012 e jogou bem lá, mas foi mal em todas as outras competições. Gostaria de ver o Cláudio Mortari no comando da Seleção", insistiu.

A Seleção viaja para os Estados Unidos, onde realizará amistoso contra os americanos no sábado, às 21h30 (de Brasília). Em seguida, o Brasil faz jogos preparatórios também na Eslovênia, antes de, enfim, chegar à Espanha para o torneio.