Economia

Bancos reduzem taxas para financiar veículos para clientes 'vip'

2 SET 2014 • POR Via Folha • 12h02
(Foto: reprodução)
As medidas adotadas pelo Banco Central em agosto estimularam as concessões de crédito para financiamento de veículos. Anunciado no dia 20, o pacote tenta frear a queda nas vendas.

Alguns bancos já anunciaram reduções nas taxas, a começar pelo Itaú. Na quinta (28), a instituição baixou os juros para o financiamento de veículos novos, passando de 1,30% para 0,99% ao mês.

Um dia depois, foi a vez do Santander. Para pagamentos em até 12 meses e veículos fabricados a partir de 2011, a taxa cobrada diminui de 1,22% para 0,97% ao mês.

"Analisamos constantemente as variáveis de mercado para oferecer melhores condições", diz o superintendente executivo para financiamentos do banco, Ronaldo Rondinelli.

Contudo, tais benefícios são percebidos apenas pelo cliente que têm um bom histórico de crédito e longa relação com o banco, o que eleva seu "score". Essa pontuação determina se o comprador terá acesso às melhores taxas.

Quem não possui uma ficha considerada boa continuará a ter o crédito negado, ou terá de pagar taxas mais altas.

Nessa segunda (1º), o Banco do Brasil divulgou que a taxa mínima caiu para 0,97% ao mês para financiar veículos novos, e para 1,18% no caso de usados. Esses valores estão em vigor até 31 de outubro.

Já a Caixa Econômica Federal promove, entre os dias 4 e 6, uma nova edição do Salão Auto Caixa. No evento, gerentes do banco estarão em concessionárias em todo o país para agilizar e facilitar a aprovação dos financiamentos. A taxa mínima permanece em 0,93%.

Intervenção
Insatisfeito com o crédito disponível ao consumidor no primeiro semestre, o BC resolveu beneficiar bancos que consigam elevar em 20% a média diária das operações para veículos até dezembro.

Quem atingir a meta poderá descontar os empréstimos do dinheiro retido no BC (compulsório). Os juros médios para o financiamento de veículos eram de 23,1% ao ano em julho.

Em comparação, no mesmo mês de 2013, a taxa era de 20,3%. Nos 12 meses até junho, o volume de crédito caiu 3,7% para R$ 186,6 bilhões.