Interior

MPMS cobra multa de ex-vereadora de Água Clara que cobrou propina para intervir em cassação

Márcia Queiroz Vida, que foi presa na Operação Voto de Minerva do MPMS, terá que pagar uma multa de R$ 75.966,80

27 FEV 2024 • POR Vinícius Santos • 10h00
Crédito: Antonio Paulo Munhoz

A ex-vereadora Márcia Queiroz Vida, que atuou na Câmara de Vereadores de Água Clara de 2017 a 2020, é alvo de uma cobrança do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para quitar uma multa de R$ 75.966,80. A decisão da Justiça ocorreu no contexto da Operação Voto de Minerva, na qual Márcia foi condenada por solicitar R$ 80 mil para intervir no processo de cassação de sua colega Gerolina da Silva Alves.

A ex-vereadora, atualmente gerente de vendas com uma remuneração de R$ 1.500,00, pediu o parcelamento da multa em 120 meses, alegando incapacidade financeira imediata. O MPMS, no entanto, manifestou-se contra o pedido, argumentando que o parcelamento em 120 vezes seria excessivo, propondo uma alternativa de até 48 parcelas, conforme a Lei de Improbidade Administrativa.

O Juiz responsável pelo caso intimou Márcia Queiroz Vida a pagar em 48 vezes, aguardando sua manifestação. Caso haja discordância, o Ministério Público pode intervir para assegurar o cumprimento da decisão judicial. Há a possibilidade de bloqueio de contas e penhora de bens para saldar a dívida, caso o MPMS solicite.

Inês Oliveira da Silva, auxiliar de Márcia Queiroz Vida, também foi condenada e será acionada para quitar a multa civil. O caso segue em tramitação.

Entenda o Esquema - Conforme informações do MPMS, em dezembro de 2017, após a última sessão da Câmara de Água Clara, Márcia Vida abordou a vereadora Gerolina da Silva Alves, pedindo informações sobre seu horário na escola onde trabalhava. 

No dia seguinte, Inês compareceu ao local, alegando estar a pedido de Márcia. Juntas, Márcia e Inês cobraram propina de R$ 80 mil da vereadora Gerolina, que enfrentava um processo de cassação. 

O objetivo era influenciar outros parlamentares para preservar o mandato de Gerolina. Na época, Márcia Vida já havia sido afastada e presa durante a operação "Voto de Minerva", conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), que resultou na apreensão de celulares e documentos.

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