Geral

Velório de manicure é marcado por tristeza, questionamentos e medo

Luana Azevedo Silva, de 39 anos, morreu no portão de casa nesse domingo (3)

4 MAR 2024 • POR Brenda Leitte e Brenda Assis • 16h46
Velório foi marcado por dúvidas - Foto: Brenda Assis/JD1

O velório de Luana Azevedo Silva, de 39 anos, na tarde desta segunda-feira (4), foi marcado por muitas lágrimas e questionamentos quanto a morte da manicure. Luana morreu após ser atingida por, até então, uma bala perdida na noite de ontem (3), no bairro Estrela do Sul, em Campo Grande.

Se despedindo, familiares e amigos estavam bastante emocionados no local. À reportagem, eles relataram estarem se sentindo impotentes "a mercê dos frequentadores da praça", já que o lugar "é cheio de gente envolvida com tráfico de drogas", afirmaram.

Um dos medos da família, é que os criminosos voltem a atormentar. "Será que esses caras não vão voltar lá, pra fazer qualquer coisa com a família?", questionou um parente, que preferiu não se identificar.

Familiares da vítima também contestam a inatividade da base da Guarda Civil Metropolitana da região. "O filho dela tentou correr lá na base pra pedir socorro, mas não tinha ninguém. Pra que tem essa base se não funciona?", disse um familiar indignado.

Outro parente presente no velório ainda relembrou que Luana teria gritado o nome do filho no portão de casa, quando os atiradores efetuaram o disparo. "Ela viu eles discutindo. Depois começaram os disparos e ela saiu lá no portão já gritando pelo filho. Foi quando atiraram nela. Esses bandidos não tem dó, ela morreu de graça", lamentou.

Querida por muitos

Ao JD1, eles disseram não entender porque as pessoas estão culpando Luana. "Estão falando que ela tem envolvimento com as coisas que aconteceram, não estamos entendendo. Ela era trabalhadora, tinha muitos planos, era feliz", afirmaram, sem se identificar.

"Esses tempos ela chegou a comentar se ela seria a próxima a partir. Porque já tinha perdido os pais e não entendia o sentido de continuar a viver", contaram os amigos.

O caso

Conforme noticiado pelo JD1, ela foi atingida quando saía no portão para chamar o filho que estava na praça esportiva do bairro. A Polícia Civil, inclusive, investiga se o tiro disparado contra ela pelos atiradores foi proposital, já que essa é a informação que consta no boletim de ocorrência.

 

JD1 No Celular

Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp. Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no IOS ou Android.