Política

Bolsonaro é indiciado por falsificar certificado de vacinação para a covid-19

Além do ex-presidente, a Polícia Federal também indiciou o tenente-coronel Mauro Cid, alguns deputados e militares do Exército Brasileiro

19 MAR 2024 • POR Brenda Assis • 09h18
Ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Poder360

A falsificação do certificado de vacinas para a covid-19, fez a Polícia Federal indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações. Os novos desfechos foram divulgados na manhã desta terça-feira (19).

Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas, como o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Cid e Reis também foram indiciados pelos dois crimes de inserção e falsificação. O tente foi indiciado ainda por uso indevido de documento falso.

Na prática, o indiciamento significa que o processo segue para as mãos do Ministério Público Federal, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração.

O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos de prisão; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos.

Após a publicação do indiciamento pelo g1, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten disse ser lamentável a divulgação da informação, mas não comentou o teor o indiciamento. .

Veja a lista dos indiciados:

Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República; Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República; Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid; Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ); Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid; Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid; Eduardo Crespo Alves, militar; Paulo Sérgio da Costa Ferreira Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército; Marcelo Fernandes Holanda; Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias; João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias; Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro; Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro; Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro; Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias; Célia Serrano da Silva.