Polícia

Operação do Gaeco mirou facção que usava policiais para transporte de drogas

Até viaturas caracterizadas eram utilizadas para trazer cocaína de Ponta Porã a Campo Grande; foram cumpridos 21 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão

26 MAR 2024 • POR Luiz Vinicius e Brenda Assis • 09h37
Bope também deu apoio na operação - Brenda Assis

Durante a manhã desta terça-feira (26), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou a 'Operação Snow' buscando acabar com atividades criminosas de uma facção que usava policiais e outros meios para o transporte de drogas entre Campo Grande e Ponta Porã, mas distribuindo os entorpecentes, principalmente cocaína, para outros estados.

Nessa ofensiva, foram cumpridos 21 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão, que contou com apoio da Força Tática, do Batalhão de Choque, do Bope, além da Corregedoria da Polícia Civil. Na divulgação dos fatos, foi informado que 3 alvos já estão custodiados em presídios do Estado, mas não foi informado quantas prisões houveram durante a operação.

O Ministério Público informou em nota que a organização criminosa fazia o escoamento da droga por meio de empresas de transporte que eram utilizadas para lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores do narcotráfico.

Na investigação, o Gaeco descobriu que a facção transportava as drogas em meio a cargas de carne e aves, dificultando a fiscalização dos policiais nas rodovias, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.

"Além de usar uma carga lícita como cobertura para transportar a droga, a organização ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, desvinculando-os dos reais proprietários, para assim chamarem menos a atenção em eventual fiscalização policial", diz trecho da nota.

Outro ponto descoberto pela investigação é que existia um 'frete seguro', já que quem realizava o transporte das drogas de Ponta Porã até Campo Grande, eram policiais civis que utilizavam viaturas oficiais, já que não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública. 

As investigações contaram com apoio da Corregedoria da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal.