Polícia

Morto em confronto, Tigrão era 'traficante de ponta' e tinha extensa ficha criminal

Denis Flores Medeiros era traficante e já mandou matar 'x-9' em Campo Grande, mas escapou de sentença condenatória

27 MAR 2024 • POR Luiz Vinicius, Brenda Assis e Vinicius Santos • 21h39
Tigrão estava conduzindo um T-Cross quando foi abordado - WhatsApp/JD1 Notícias/Brenda Assis

Denis Rodrigues Flores Medeiros, de 40 anos, o 'Tigrão do PCC' era bastante conhecido no mundo policial pela sua extensa ficha criminal. A reportagem apurou que a lista não era pequena e continha crimes graves e sua principal prática que era o tráfico de drogas.

Como informado anteriormente pelo JD1 Notícias, Tigrão estava com um mandado em aberto pelos crimes de tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

Mas não apenas isso. Algumas das passagens de Denis continha receptação, violência doméstica, roubo majorado e crimes de maiores gravidades, como dois homicídios - que não vingaram sentenças condenatórias por falta de provas e impronúncia.

Em um destes crimes cometidos em Campo Grande, o criminoso agiu como 'piloto de fuga' para que seu irmão atirasse contra o alvo Washington Nascimento Cardoso, no Portal Caiobá. O crime foi cometido em setembro de 2007.

Numa outra oportunidade, em janeiro de 2008, Tigrão 'contratou' Saulo Henrique Oliveira Ramires e uma terceira pessoa para matarem Álvaro Noacir de Souza, apontado por ele como o X-9 do bairro que teria denunciado à polícia sua prática de tráfico de drogas na região do Santa Emília.

Contudo, os indivíduos contratados por Denis acabaram por matar Júlio César de Souza por engano, no qual acreditavam que seria o alvo correto. Mas novamente, não houve sentença condenatória no caso que chegou a ser levado ao Tribunal do Júri.

Confronto - Informações preliminares apontam que a equipe de inteligência da corporação estava monitorando seu paradeiro, pois contra ele havia um mandado de prisão em aberto. O Batalhão de Choque tentou realizar uma abordagem ao criminoso, que estava em um Volkswagen T-Cross, na Avenida Bandeirantes com a rua Argemiro Fialho, mas ele resistiu a ordem policial.

Os militares ordenaram para que colocasse a mão na cabeça, porém, ele ignorou e não obedeceu aos comandos, onde tentou sacar sua arma que estava na cintura.

Temendo pela integridade física e a iminente ameaça, os militares revidaram a ação e atiraram contra o suspeito, sendo desarmado na sequência. Ainda com sinais vitais, ele foi socorrido pela própria equipe e levado ao Hospital Regional. Pouco depois, a sua morte foi confirmada.