Polícia

'Tudo que vai, volta': Homem que cortou corda de trabalhador morre vítima da pneumonia

Ele estava preso desde o dia do crime e teve o pedido de habeas corpus negado

6 ABR 2024 • POR Brenda Assis • 14h32

A defesa de Raul Ferreira Pelegrin, 41 anos, informou que a morte dele, na madrugada de sexta-feira (5), ocorreu por complicações de uma pneumonia que levaram a uma sepse (infecção generalizada).

O homem estava preso desde o último dia 14, acusado de cortar a corda de segurança de Mayk Gustavo da Silva, que limpava a fachada do prédio em que Raul morava, em Curitiba (PR).

Ele começou a apresentar dificuldades respiratórias graves na quinta-feira (4), pouco depois de o Tribunal de Justiça do Paraná manter sua prisão preventiva. Raul foi encaminhado para o Hospital Angelina Caron na mesma noite, mas não resistiu e morreu poucas horas depois.

Os advogados de Raul lamentaram a morte. “As prisões são muito frias, e ele tinha uma saúde debilitada, era um homem muito adicto (pessoa que tem dependência química)”, afirmou o advogado Cláudio Dalledone Júnior.

A defesa havia pedido habeas corpus em 21 de março, que foi indeferido pelo desembargador Sergio Luiz Patitucci. O argumento dos advogados era de que Pelegrin havia agido por consequência de sua dependência química e que precisava ser “internado em uma clínica particular para tratamento especializado”. A Justiça, porém, entendeu que a desintoxicação deveria ocorrer na prisão.

Raul Pelegrin havia sido acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de tentativa de homicídio. Empresário, ele morava na cobertura do prédio no qual o trabalhador limpava a janela.

Mayk estava a uma altura de 18 metros. Ele revelou que não sabia por que a corda tinha arrebentado até aterrissar no solo, quando foi informado pelo supervisor, que testemunhou todo o crime, do que tinha acontecido. Pelegrin acabou preso em flagrante.