Execuções envolvendo facções serão investigadas por Delegacia Especializada em MS
Medida faz parte das mudanças implantadas por portaria da Polícia Civil
10 ABR 2024 • POR Sarah Chaves e Brenda Assis • 09h52Conforme nova portaria divulgada pela Delegacia-Geral da Polícia Civil, os crimes de execuções que em sua maioria envolvem “acerto” de contas entre facções ficarão sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e não mais nas 'de área'.
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (10), o delegado-geral, Roberto Gurgel afirmou que a medida deve “organizar” demanda da Polícia Civil nas delegacias.
Enquanto os casos de homicídio doloso envolvendo facões, ocorrências onde os autores são conhecidos, serão investigados pela DHPP na Capital, no interior ficarão a cargo da delegacia local, “Caso seja necessário, as investigações serão feitas pela DHPP, mas penas, se necessário”.
Crimes de execução são comuns no estado. Em janeiro, Bruno Ávalos, de 17 anos, foi executado no "tribunal do crime" após ter sido acusado de estupro, de acordo com a polícia.
Em fevereiro, Gabriel Jordão de 23 anos que já tinha sido alvo de um atentado em janeiro, acabou sendo morto na frente de casa nas Moreminhas em Campo Grande.
Já em março deste ano, Mateus Pompeu Dias, de 40 anos, conhecido como ‘Opalão do PCC’, foi executado em um acerto de contas no bairro Montevidéu também na Capital.
No interior, três casos tiveram maior repercussão em Sonora, sendo que em um deles, dois inocentes morreram. No dia 15 de março,o professor Jair Ferreira Jara, de 49 anos e João Vitor Oliveira de Souza, de 21 anos foram mortos a tiros “por engano’ no Ginásio Poliesportivo Dione Grison Dutra. O alvo seria um homem que alvo tentou se esconder dentro do ginásio ao ser perseguido por pistoleiros.
Ainda em Sonora, em fevereiro, Jovenal Cândido da Silva, de 63 anos, pai do traficante José Adriano, preso em dezembro de 2023, foi executado com diversos tiros.
O delegado-geral ainda detalhou como ficará as investigações de crimes de homicídio doloso tentados ou consumados, que serão divididos entre delegacias de área ou DHPP, além das mortes por confronto que também serão todas de responsabilidade da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa.