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Jurássicos: Nioaque recebe cognome oficial de "Vale dos Dinossauros"

Lei deve estimular preservação do patrimônio local que já foi alvo de uma pesquisa que encontrou fósseis na região

23 ABR 2024 • POR Sarah Chaves • 12h22
Foto: O Pantaneiro

O governador de Mato Grosso do Sul sancionou a Lei que concede à Nioaque o cognome de “Vale dos Dinossauros”. A adição vem de um projeto do deputado estadual Junior Mochi, em razão do requerimento recebido pelo vereador Pablo Ruan, aprovado pela Câmara Municipal da cidade ‘jurássica”.

A lei visa enriquecer o turismo local e servir de estímulo para o desenvolvimento de iniciativas de preservação do patrimônio natural e científico.

Em 2021 um estudo realizado pelos pesquisadores Maria Izabel Manes e Sandro Marcelo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rafael Costa, do Museu de Ciências da Terra do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), confirmou a presença de pegadas fósseis de dinossauros na região de Nioaque, em Mato Grosso do Sul.

Maria Izabel disse que no começo dos anos de 1990 um arqueólogo de Mato Grosso do Sul encontrou uma pegada de dinossauro nas margens do Rio Nioaque, só em 2017, a equipe do Museu Nacional e do CPRM foi ao local e encontrou várias outras pegadas. 

O mapa geológico de Nioaque aponta que essas pegadas estavam marcadas em uma rocha de mais ou menos 300 milhões de anos. Segundo a pesquisadora, o projeto piloto realizado no estado visa aprofundar mais pesquisas naquela região. Ela disse que pelas características das pegadas, os pesquisadores não conseguiram identificar as espécies de dinossauros terópodes (carnívoros) e ornitópodes (herbívoros),mas perceberam que o tamanho calculado das pegadas apontava para animais de um até seis metros de comprimento. 

No entanto, conforme a pesquisadora em da UFRJ, em Mato Grosso do Sul não tem paleontólogos para poder aprofundar mais as pesquisas. “Ali tem um potencial muito grande de serem encontradas mais pegadas, fósseis, mais coisas”, disse. 

Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico científico Journal of South American Earth Sciences. O estudo contou com apoio logístico da prefeitura de Nioaque.

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