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Cachorro morre após erro de companhia aérea

Veterinário havia avisado que Joca aguentaria uma viagem de duas horas, mas ele ficou oito horas no avião

23 ABR 2024 • POR Carla Andréa, com g1 • 15h50
Joca e João - Reprodução/g1

Um cachorro de cinco anos, da raça golden retriever, chamado Joca, morreu durante o transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia áerea Gol, depois de um erro no destino, nesta segunda-feira (22).

O animal deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso. Ao invés disso, Joca foi colocado em um avião que embarcou para Fortaleza, no Ceará.

O animal acabou sendo mandado de volta para Guarulhos e, quando o tutor chegou para encontrá-lo, o cão estava morto.

Segundo o tutor, João Fantazzini, o veterinário tinha dado um atestado indicando que o animal suportaria uma viagem de duas horas e meia, mas com o erro, Joca ficou quase oito horas no avião.

Joca passou três horas e meia em um voo para Fortaleza. Cerca de uma hora e meia esperando pelo próximo voo na pista do aeroporto da capital cearense. E três horas e meia no voo de volta para São Paulo.

A companhia aérea afirma que acompanhou o animal em todo o trajeto e que o falecimento foi inesperado, já em São Paulo, depois que ele retornou. A família diz que o golden não recebeu os cuidados necessários da Gollog.

Após desembarcar em Sinop, o tutor de Joca, aguardava que o cachorro fosse entregue para ele. No entanto, soube que o animal tinha sido levado para o destino errado. João acabou voltando para São Paulo para receber o cachorro, que seria enviado de Fortaleza para o aeroporto de onde partiu.

"Nem estabilizaram o cachorro, nem levaram para um lugar refrigerado, nem andaram um pouquinho com ele para ver como ele estava e mandaram de volta. Quando chegou aqui em Guarulhos, eles demoraram de 30 a 40 minutos, e meu filho perguntando 'o que aconteceu?', 'cadê meu cachorro?'”, contou Marcia Martin, mãe de João.

Há vídeos que mostram o cachorro bebendo água em uma garrafa de plástico através das grades do canil quando estava no terminal aéreo de Fortaleza. “Eles colocam água em um negocinho que o cachorro tem que passar a língua para tirar água. Um cachorro daquele tamanho, com 47 quilos, não dá para acreditar nisso. Aí eles colocaram o cachorro de volta sem nenhuma avaliação, sem nenhum veterinário examinar o animal", disse Marcia.