Polícia

Alvo de operação do Gaeco quebra celulares ao ver a polícia chegando em Ponta Porã

Ele foi preso ao ser flagrado com 200g de maconha em um dos veículos que estava em seu imóvel

24 ABR 2024 • POR Brenda Assis • 16h42

Um dos alvos da operação Last Chat, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na manhã de hoje (24), identificado como Alex Benitez Gamarra, de 30 anos, foi preso por estar portando drogas para consumo próprio. Durante o cumprimento de um Mandado de Busca e Apreensão na casa do homem, ele chegou a quebrar dois celulares para atrapalhar as investigações policiais.

Segundo o boletim de ocorrência, a porção de 200g de maconha foi encontrada dentro de um dos veículos, sendo que a droga foi apreendida pelos policiais da 1ª Delegacia de Ponta Porã.

Durante verificação na casa dele, as autoridades encontraram um sistema de monitoramento no quarto de Alex. Ao ver os policiais chegando pelas câmeras, ele destruiu um Iphone e um Redmi, jogando os aparelhos atrás de uma mala, que estava no quarto. Vidros da tela do celular ficaram espalhados pelo chão.

Diante da situação, os aparelhos foram apreendidos junto com a droga. Alex foi levado para a delegacia, onde deu entrada junto com sua advogada. O caso foi registrado como portar drogas, relacionado a adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trazer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal.

Operação Last Chat – a ação tem o intuito de desmantelar uma organização criminosa altamente estruturada atuante em vários estados, operando no tráfico de drogas e no comércio ilegal de arma de fogo de grosso calibre. Além de Mato Grosso do Sul, foram cumpridos mandados no estão de São Paulo e Ceará.

A operação é desmembramento da Operação Courrier, onde estão sendo cumpridos 55 mandados judiciais, entre busca e apreensão e prisão preventiva, nas cidades de Campo Grande e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul; São Paulo e Fortaleza, no Ceará.

Segundo divulgado em nota pelo Ministério Público, a organização criminosa conta com uma rede altamente estruturada, onde vários integrantes e apoiadores já foram identificados, cerca de 40 pessoas, nos quais estão um policial militar, servidor público municipal e pelo menos 3 advogados.

Além do tráfico de drogas, o comércio ilegal de arma de fogo de grosso calibre é uma das atividades exercidas pela facção, que culmina também na lavagem de dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros - Porsche e caminhões.

As atividades do grupo criminoso são coordenadas por Rafael da Silva Lemos, atualmente foragido do sistema prisional desde dezembro do ano passado, quando aproveitou que a ida em uma consulta médica. Ele estava preso no Estabelecimento Penal Masculino de Regime Semiaberto e Aberto de Dourados.

Last Chat, na tradução livre: último bate-papo, alude ao esperado encerramento do contato até então mantido entre os integrantes presos e o mundo externo, por efeito da Operação.