Saúde

Febre maculosa: Campinas tem primeira morte do ano pela doença do carrapato

A vítima é um homem de 24 anos que frequentou área de transmissão na cidade

30 MAI 2024 • POR Brenda Leitte • 18h53
Carrapato transmissor da doença - Foto: Marijan Murat/picture alliance via Getty Images

A Secretaria de Saúde de Campinas, no interior paulista, confirmou, nessa quarta-feira (29), a primeira morte por febre maculosa registrada na cidade em 2024.

Segundo a administração municipal, a vítima é um homem de 24 anos que frequentou a lagoa do Parque Botânico Amador Aguiar, área conhecida de transmissão de febre maculosa, cujo principal vetor é o carrapato-estrela.

O paciente apresentou os primeiros sintomas em 4 de maio, de acordo com a pasta, e morreu no último dia 10.

A prefeitura de Campinas afirma que a área de transmissão é sinalizada com placas de alerta e decidiu “reforçar as orientações para prevenção à febre maculosa” após o caso.

Febre maculosa

A região metropolitana de Campinas é considerada endêmica para a doença. Em 2023, foram 20 diagnósticos e sete óbitos confirmados só na cidade.

O surto do ano passado teve como epicentro uma festa na Fazenda Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, também considerado área de transmissão, em que três mulheres e um homem morreram.

O evento na Fazenda Margarida aconteceu em 27 de maio de 2023 e reuniu mais de 3 mil pessoas. Por causa do episódio, a prefeitura reviu medidas de prevenção da doença.

Entre 2007 e 2022, Campinas havia registrado 68 mortes por febre maculosa – uma média de 4,2 casos por ano. O período de maior incidência da doença ocorre de agosto a novembro.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

*Com informações do portal Metrópoles.