'Chance de sobreviver é pouca', diz amiga de mulher baleada na cabeça pelo marido
Ela foi atendida inicialmente no CRS Coophavila, mas quadro grave de saúde fez vítima ser transferida para Santa Casa
14 JUN 2024 • POR Luiz Vinicius e Brenda Assis • 20h48
"Pelo que falaram para nós, a chance de sobreviver é muito pouca". Essa foi a fala de uma amiga da mulher, de 42 anos, atingida com um tiro na cabeça disparado pelo seu marido, de 44 anos, durante a sexta-feira (14). Ela recebeu, da equipe médica, o prognóstico inicial do estado de saúde antes da vítima ser transferida para a Santa Casa de Campo Grande em razão da gravidade do ferimento.
A vítima foi deixada no CRS (Centro Regional de Saúde) Coophavila pelo próprio suspeito, que disse que voltaria para sua residência sob a justificativa de pegar alguns documentos que esqueceu, mas acabou não voltando.
Devido à complexidade do ferimento, já que o tiro atingiu a testa, a vítima precisou ser intubada na unidade de saúde e estabilizada, necessitando de uma viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para ser transferida com todo cuidado para a Santa Casa. Essa mudança aconteceu já no início da noite.
A amiga Selina de Souza Gomes detalhou o quadro clínico com uma voz bastante chateada, já que a vítima não tem parentes em Campo Grande - segundo ela, familiares da mulher moram em Rio Verde de Mato Grosso. Na cidade, ela morava com o suspeito e o filho, de 18 anos.
Vizinhos também relataram que o marido da vítima tinha um histórico de violência e já chegou a quebrar uma das pernas da esposa. Outro detalhe informado é que as agressões apareciam quando o homem bebia.
À polícia, o homem contou que o tiro foi acidental, mas o local onde o disparo atingiu a vítima contradiz a versão apresentada por ele, apontam os vizinhos. Ele foi detido por policiais no momento em que chegava na chácara.
O caso teve acompanhamento da Polícia Militar e da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que estiveram no local da tentativa de feminicídio.