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Falcão faz intercâmbio no Real e vê Ancelotti e cia. intrigados pelo 7 a 1

9 DEZ 2014 • POR Via Uol • 10h23
Por uns dias, Falcão vive rotina do Real ao lado do ex-companheiro Carlo Ancelotti. (Foto: reprodução/Real Madrid CF)
O "rei de Roma" cruzou o Atlântico para buscar atualizações sobre o que anda sendo feito de mais moderno hoje em dia no futebol. Paulo Roberto Falcão encara duas semanas de intercâmbio junto à comissão técnica do Real Madrid e, em meio a troca de informações, precisa lidar com a curiosidade dos anfitriões a respeito do célebre "7 a 1".

Como explicar o fracasso retumbante da seleção brasileira na semifinal da Copa diante da Alemanha, em casa, diante da torcida em Belo Horizonte? Quem sempre prestou reverência ao futebol dos pentacampeões ainda não conseguiu compreender o que aconteceu no gramado do Mineirão. Falcão foi questionado pelo técnico Carlo Ancelotti e seu auxiliar Fernando Hierro a respeito e tentou apontar um diagnóstico mais amplo. Aos intrigados interlocutores, disse que o problema não está na equipe nacional, mas sim na estrutura interna que serve de sustentáculo a ela.

"Ele (Ancelotti) tinha curiosidade, todo mundo se impressiona com o 7 a 1. A seleção sempre será boa. O problema não é a seleção, é a estrutura dos clubes. A gente precisa fortalecer os clubes, ter um campeonato bem jogado, tem que ir na base", afirmou Falcão desde Madri, em entrevista ao Uol Esporte.

Falcão e Ancelotti foram companheiros no elenco da Roma, nos anos 80. Hoje, graças à amizade, o brasileiro estuda o funcionamento do atual campeão europeu, com a meta de voltar a dirigir equipes de futebol. A viagem à Europa também deve ser esticada até Milão, onde o ex-jogador espera fazer o mesmo intercâmbio na Internazionale de Roberto Mancini.   

O ídolo da seleção brasileira tenta retomar a sequência como treinador, depois da lacuna de 18 anos, entre 1994 e 2011, quando atuou como comentarista de TV. Recentemente, Falcão voltou a trabalhar em frente às câmeras, em passagem pelo Fox Sports.

Como treinador, Falcão está sem clube desde que deixou o Bahia em julho de 2012. Antes, passou pelo Internacional, onde conquistou o Campeonato Gaúcho de 2011, mas permaneceu menos de 100 dias no cargo. Nos anos 90, antes da vida de comentarista, o ídolo estreou na função de cara no comando da seleção brasileira, entre 1990 e 1991, saindo após o vice-campeonato da Copa América. Em seguida, passou por América do México, Inter e Japão.