Polícia

Líder de organização criminosa, que aplicava golpes em agências de viagens, é preso em MS

Hackers invadiam sistemas de vendas de passagens áreas, fazendo emissões indevidas e causando prejuízos milionários as empresas e clientes

31 JUL 2024 • POR Brenda Assis • 16h24

O líder de uma quadrilha, especializada em invadir contas de agências de turismo e programas de milhagem para cometer crimes, foi preso nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (30), durante a operação "Destino Final", deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/DPE/PCDF).

Conforme as informações policiais, os hackers invadiam as contas de empresas de agências de turismo do Distrito Federal, e contas de programas de milhas de viagem de pessoas físicas com grande pontuação neste sistema. Em seguida, eles emitiam bilhetes conhecidos como "passagens de desistência", ou seja, cuja a viagem ocorreria em no máximo três dias, no intuito de as companhias aéreas não perceberem o golpe e cancelarem as passagens.

Entre as vítimas, estão muitos parlamentares, já que, no exercício de sua função institucional, recebem verbas para fazerem viagens oficiais, acumulando grande pontuação.

As evidências virtuais coletadas nos equipamentos informáticos serão periciadas pelo Instituto de Criminalística (SPI/IC/PCDF), para identificar o método de invasão utilizado pelos hackers, o uso de cartões de créditos falsificados, provavelmente, conseguidos em grupos da Dark Web, a suspeita de expedição de passagens para pessoas ligadas ao narcotráfico, vulgarmente conhecidas como "mulas", e a lavagem de dinheiro, possivelmente, patrocinando um conhecido time de vôlei.

Em consequência, com o apoio operacional do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul (DRACCO/PCMS), foi cumprido um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão de bens suntuosos, bloqueios de contas e sequestro de carro de luxo, em Campo Grande.

A operação policial também contou com o apoio logístico de avião do Departamento de Operações Aéreas (DOA/PCDF), para o transporte de parte da equipe policial e levar o preso para o Distrito Federal, onde cumprirá a prisão cautelar.