Internacional

ONU alerta que "plano" de Trump para tomar Gaza viola lei humanitária internacional

Presidente dos EUA comentou sobre planos para expulsar palestinos da região

5 FEV 2025 • POR Pedro Molina • 19h52
Foto: Reuters

A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu, nesta quarta-feira (5), Donald Trump pelo plano dos Estados Unidos tomarem a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos do território, e informou que a ação violaria a lei humanitária internacional.

“Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de território ocupado viola lei internacional”, disse o Escritório de Direitos Humanos da ONU (UNHR) em nota.

A fala de Trump aconteceu durante encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta terça-feira (4). Essa não é a primeira vez que o presidente dos EUA faz comentários desse tipo.

“Os EUA vão assumir o controle da Faixa de Gaza, e faremos um trabalho lá também. Seremos responsáveis por desmontar todas as bombas não detonadas e outras armas no local, nivelar a área, remover os edifícios destruídos, criar um desenvolvimento econômico que fornecerá um número ilimitado de empregos e moradias para a população da região”, comentou Trump.

O UNHR reforçou, segundo o que foi divulgado pelo The Guardian, que o foco deve ser a próxima fase do cessar-fogo. “É crucial que avancemos para a próxima fase do cessar-fogo, para libertar todos os reféns e prisioneiros detidos arbitrariamente, acabar com a guerra e reconstruir Gaza, com total respeito ao direito humanitário internacional e ao direito internacional dos direitos humanos”, explicou.

Volker Türk, alto comissário da ONU para direitos humanos, reforçou que a deportação de pessoas de território ocupado é estritamente proibida, em resposta à fala de Trump.

“O direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os estados, como o Tribunal Internacional de Justiça recentemente sublinhou. Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de território ocupado é estritamente proibida”, declarou.

 

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