Política

Em 7º dia de UTI, Bolsonaro tem pressão controlada; confira o boletim

Ex-presidente Jair Bolsonaro precisou passar por cirurgia de 12 horas para tratar obstrução intestinal. Não há previsão de alta da UTI

20 ABR 2025 • POR Brenda Assis • 14h51
Ex-presidente Jair Bolsonaro precisou passar por cirurgia de 12 horas para tratar obstrução intestinal - Foto: Reprodução/Redes sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma cirurgia no último domingo (13) para tratar obstrução intestinal.

De acordo com boletim médico divulgado na manhã deste domingo (19), o ex-presidente encontra-se com a pressão controlada e com boa evolução clínica.

“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Encontra-se com a pressão controlada e com boa evolução clínica. Continua em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, diz o boletim.

Assinam o boletim deste domingo Cláudio Birolini, médico-chefe da equipe cirúrgica; Leandro Echenique, médico cardiologista; Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital DF Star; Brasil Caiado, médico cardiologista; Guilherme Meyer, diretor médico do DF Star; e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral do DF Star.

O que é obstrução intestinal?

A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino. Essa condição pode ser provocada por diferentes fatores, como tumores, hérnias, inflamações, intoxicações, ou pelas chamadas bridas intestinais.

Os principais sintomas incluem inchaço abdominal, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e dor abdominal em forma de cólica. No caso de Bolsonaro, o problema está associado às cirurgias feitas após o atentado de 2018, o que favorece a formação dessas aderências.

O procedimento, que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores e podem causar dor, obstruções e outros sintomas.

Embora o quadro de saúde evolua de forma positiva, não há, por enquanto, previsão de alta da UTI. O hospital informou que o ex-presidente continuará sob monitoramento intensivo.