Caseiro morto por onça vivia sem luz e segurança, diz advogado da família
Filhos de 'Jorginho' pensam em pedir indenização por verbas rescisórias, pensão e outros direitos trabalhistas e previdenciários
24 ABR 2025 • POR Carla Andréa • 17h38
A família de Jorge Ávalos, de 60 anos, o 'Jorginho', que morreu após ter sido atacado por uma onça na última segunda-feira (21), está em busca de justiça e esclarecimentos sobre as condições em que ele vivia no pesqueiro em que era caseiro.
Segundo o advogado de um dos três filhos de Jorginho, João Paulo Pequin, a vítima estaria trabalhando em situação considerada precária, sem infraestrutura básica e segurança no local.
Ainda de acordo com o advogado, o homem morava sozinho no pesqueiro, sem energia elétrica, cercas de proteção ou qualquer tipo de equipamento de segurança.
O advogado preferiu não usar o termo "trabalho análogo à escravidão", mas reforçou que as condições relatadas pela família eram extremamente precárias. "Ele vivia sozinho, sem luz, sem segurança. Vamos apurar melhor antes de qualquer acusação formal, pois é preciso alinhar isso com toda a família."
Além disso, até o momento, nenhum responsável pelo pesqueiro procurou a família após o ocorrido. "A ideia é reunir todos os familiares para que possamos entrar com um pedido de indenização por verbas rescisórias, pensão e outros direitos trabalhistas e previdenciários. A família está abalada e ainda não teve qualquer retorno dos donos do local", declarou.
Sobre rumores de que o trabalhador alimentava o animal que o atacou, Pequin negou a informação em nome da família. Ele também informou que ainda não se sabe ao certo quem são os donos do pesqueiro, mas já iniciou contatos com pessoas da região para tentar localizá-los.
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