Dilma critica guerra tarifária de Trump e alerta para impacto na 'desdolarização' global
Ex-presidente disse que o mundo não pode aceitar "tranquilamente" o tarifaço dos EUA
3 MAI 2025 • POR Carla Andréa, com Metrópoles • 12h52Reeleita para um segundo mandato à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff fez críticas à guerra tarifária iniciada por Donald Trump.
Em entrevista à emissora estatal chinesa CCTV+ no último dia 28 de abril, Dilma afirmou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos representam um risco para a estabilidade econômica global e são um dos principais fatores que contribuem para a desdolarização de mercados.
“As tarifas de 2 de abril provocaram uma questão grave. Os EUA estão fazendo justamente aquilo que costumam acusar outros países de fazer. Essas medidas foram responsáveis por uma volatilidade imensa nos mercados financeiros globais, a maior nas últimas décadas”, afirmou Dilma durante a entrevista.
A presidente do banco internacional criticou ainda a falta de critério das tarifas norte-americanas. Como exemplo do que chamou de "arbitrariedade", citou as Ilhas Heard e McDonald, território australiano inabitado e com presença apenas de pinguins, que também foram incluídas nas taxas comerciais impostas pelos EUA.
As tarifas em questão foram anunciadas por Trump no início de abril e causaram reações imediatas em vários países, que buscaram diálogo com Washington. A pressão internacional surtiu efeito parcial: nesta semana, Trump recuou e anunciou o alívio das tarifas aplicadas a peças de automóveis.
Dilma alertou que esse tipo de política comercial agressiva “não pode ser aceita tranquilamente” pela comunidade internacional e defendeu uma ordem econômica mais equilibrada.
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