Justiça

Réu na Operação Omertà, filho de Fahd Jamil pede à Justiça retirada da tornozeleira

Flávio Correia Jamil Georges também pediu autorização para visitar o pai, conhecido como "Rei da Fronteira", que estaria internado na UTI de um hospital em Ponta Porã

14 MAI 2025 • POR Vinícius Santos • 12h12
Fahd Jamil Georges, o "Rei da Fronteira" - Foto: - Arquivo

Flávio Correia Jamil Georges, o “Flavinho”, pediu à Justiça autorização para visitar o pai, Fahd Jamil — o “Rei da Fronteira” — que estaria internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. A solicitação é para permanecer no município pelo prazo de 20 dias.

Além da autorização para o deslocamento, Flavinho também pediu que seja determinada a retirada da tornozeleira eletrônica que utiliza por determinação judicial. Ele é réu em ação penal no âmbito da “Operação Omertà”, que investiga uma organização criminosa que atuava no Estado.

Conforme acusações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Flavinho seria líder de grupo criminoso armado e praticava corrupção ativa, tráfico de armas de fogo e violação de sigilo funcional, entre outros crimes.

No processo, o Gaeco se manifestou contrário ao pedido de retirada da tornozeleira, mas se mostrou favorável à visita ao pai, desde que o réu comprove, com documentação válida, que o genitor está realmente internado em uma unidade hospitalar em Ponta Porã.

Os promotores afirmam que a monitoração eletrônica deve ser mantida, pois tem como finalidade garantir a ordem pública e o cumprimento de outras medidas cautelares impostas.

Para o Gaeco, o fato de Flavinho estar cumprindo corretamente as condições impostas pela Justiça, incluindo o uso da tornozeleira, não é motivo suficiente para revogar a medida. 

Pelo contrário, segundo o órgão, ele está apenas obedecendo uma ordem judicial. Caso descumpra, pode ter a prisão preventiva restabelecida, conforme previsto no Código de Processo Penal.

A decisão sobre o pedido ainda está pendente e será analisada pelo Judiciário.

Na ação penal, o Gaeco também acusa Flávio Georges e seu pai, Fahd Jamil, de liderar organização criminosa que atuava na fronteira, efetuando, de forma reiterada, o pagamento de propina a policiais civis e federais. O objetivo, segundo a acusação, era garantir o sucesso das atividades ilícitas do grupo e assegurar a impunidade dos envolvidos.

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