Polícia

Comando por tráfico no centro da Capital motivou morte de homem na Orla Ferroviária

Wilver Sander foi assassinado a tiros e suspeito alegou que a vítima estava "atrapalhando os negócios"

15 MAI 2025 • POR Luiz Vinicius • 08h51
Objetos apreendidos pela polícia - Divulgação/PCMS

Guilherme Martins Lima, de 25 anos, foi preso no final da tarde desta quarta-feira (14), apontado como responsável pelo assassinato de Wilver Sander de Souza, no dia 5 de abril, na Orla Ferroviária. O motivo seria o comando do tráfico de drogas na região central de Campo Grande.

Ele foi detido na residência onde morava, no Parque dos Novos Estados, por meio do cumprimento de mandado de prisão temporária, realizada pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), que também fez o flagrante de porte de ilegal de arma e tráfico de drogas.

Conforme a investigação, Guilherme veio de Amambai para comandar o tráfico de drogas na área central de Campo Grande, principalmente na região onde há concentração de bares na rua 14 de Julho.

No entanto, Wilver também tinha domínio na região e não aceitou as condições impostas pelo suspeito, que queria comandar os pontos de venda, causando assim, o assassinato naquela noite de 5 de abril.

Martins tinha várias passagens por crimes patrimoniais em São Paulo e com o lucro do tráfico, adquiriu duas armas de fogo, além da arma usada para matar Wilver. Essas armas em questão seriam usadas para praticar roubos a residências e pessoas que saíssem das agências bancárias após sacarem valores.

Durante o cumprimento de mandado de prisão e busca e apreensão na casa, os policiais da DHPP encontraram maconha, pasta base e cocaína, acondicionadas em porções, além de balança de precisão e petrechos outros para a traficância. No local havia também dois revólveres calibre 38, uma pistola calibre 9mm, um carregador para submetralhadora e munições diversas foram apreendidas, bem como máscaras e luvas, o que corrobora as investigações sobre a prática de roubos.

Ao ser interrogado, Guilherme confessou a prática do homicídio, alegando que Wilver estava "atrapalhando os negócios".

Sobre as armas, ele sustentou que as adquiriu para se defender, uma vez que era batizado a uma facção criminosa que possui muitos desafetos no Mato Grosso do Sul.