Internacional

Saqueadores de caminhões de ajuda humanitária são executados pelo Hamas

Os homens eram suspeitos de causar a morte de membros do grupo encarregado de proteger a carga

26 MAI 2025 • POR Sarah Chaves, com Reuters • 13h23
Reuters/Stringer

Quatro homens suspeitos de saquear alguns dos caminhões de ajuda humanitária que começaram a entrar em Gaza foram mortos pelo Hamas, conforme informação da Reuters nesta segunda-feira (26).

A ajuda humanitária começou a chegar a Gaza na semana passada, depois que Israel cedeu à pressão internacional e suspendeu o bloqueio imposto no início de março. "Os quatro criminosos que foram executados estavam envolvidos nos crimes de saque e de causar a morte de membros de uma força encarregada de proteger caminhões de ajuda humanitária", alegaram testemunhas da região.

Outros sete suspeitos estavam sendo perseguidos, de acordo com um comunicado emitido por um grupo que se identifica como "Resistência Palestina".

Grupos de ajuda humanitária disseram que as entregas foram prejudicadas por saques, mas culparam Israel por criar uma situação que levou as pessoas ao desespero.

Israel acusou o Hamas de roubar ajuda, o que o grupo nega, e a questão do controle dos caminhões de ajuda tem sido muito disputada.

Autoridades militares israelenses dizem que as equipes de segurança colocadas em ação pelo Hamas estão lá para receber os suprimentos, não para protegê-los, mas não apresentaram nenhuma evidência de saques do Hamas desde que o grupo aliviou o bloqueio na semana passada.

Yasser Abu Shabab, líder de um grande clã na região de Rafah, agora sob controle total do exército israelense, disse que estava reunindo forças para garantir o envio de ajuda humanitária a algumas partes do enclave. Ele publicou imagens de seus homens armados recebendo e organizando o transporte de caminhões de ajuda humanitária.

O Hamas, que não consegue operar na área de Rafah, onde Abu Shabab tem algum controle, acusou-o de saquear caminhões de ajuda internacional nos meses anteriores e de manter conexões com Israel.