Polícia

João planejava culpar outra pessoa pelo assassinato da esposa e filha

Vanessa e Sophie foram mortas estranguladas e tiveram seus corpos queimados pelo rapaz

27 MAI 2025 • POR Pedro Molina • 17h42
João Augusto Borges e sua filha, Sophie Eugênia Borges, de 10 meses, morta por ele - Foto: Reprodução/Redes sociais

João Augusto Borges, de 21 anos, que matou Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e sua filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, tinha planos de se livrar dos corpos e criar uma narrativa para colocar a culpa do crime em outra pessoa.

Segundo o delegado Rodolfo Daltro, João contou aos policiais que havia comentando com amigos e familiares, na noite de segunda-feira (26), que Vanessa havia saído de casa de tarde, com a filha, mas não havia retornado.

“Ele chegou a relatar para alguns amigos, e até para familiares dele, que ela havia saído ontem, a esposa dele, por volta das 14h, dizendo que ia se encontrar com uma amiga, e não havia retornado”, contou.

O plano era que os corpos de Vanessa e Sophie fossem descobertos daqui alguns dias, dando tempo para ele criar essa narrativa que elas haviam sido mortas por outra pessoa. “Segundo ele, ele esperava que o corpo fosse descoberto daqui uns 2 ou 3 dias, que estaria um período assim, que ele poderia apontar para um ex-namorado dela, para outra pessoa, que não ele, fosse o autor do crime”, explicou.

João reforçou aos policiais que já planejava o crime, e com o depoimento de outra testemunha, ficou claro que as mortes já estavam sendo planejadas e foram premeditadas.

“Uma pessoa hoje que veio até aqui e nos relatou que, há cerca de 2 meses, ele disse ‘vou matar minha mulher e meus filhos'. Ele pediu para essa pessoa se ele sabia como usar aqueles nós para prender bem os pés e as mãos dela, porque ele pretendia matar os dois e, já naquele período, 2 meses atrás, ele pretendia queimar os corpos”, relatou o delegado sobre o depoimento da testemunha.

“É extremamente premeditado o crime”, completou.

João responderá por feminicídio qualificado e destruição de cadáveres. O caso continuará sendo investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Brutalidade e frieza abalou os policiais

Rodolfo Daltro contou durante coletiva que, dada a frieza que João detalhou o assassinato de Shopie, eles precisaram parar o depoimento para se recomporem.

“Eu tenho 11 anos de polícia, havia um policial ali na sala, com 22 anos, repito que tivemos que parar, a certo momento que eu paro, eu como pai, e eles também, os outros policiais que estavam na sala, de tamanha brutalidade e tamanha frieza em relatar, dizer que, como matou, são detalhes muito grotescos”, comentou.

A brutalidade contra as duas não acabou com suas mortes, com os corpos sendo carbonizados por João, dificultando a identificação de Vanessa e Sophie. “A identificação só foi possível por meio de exame necropapiloscópico, tamanho foi a intensidade das queimaduras nos corpos”, detalhou.

 

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