Economia

PIB do Brasil cresce mais do que EUA, União Europeia e G7 no 1º trimestre

Atividade econômica brasileira registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2024

30 MAI 2025 • POR Carla Andréa, com g1 • 17h08
Lula durante evento O Brasil Dando a Volta Por Cima - Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O Brasil registrou um crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025, superando todas as economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da União Europeia e do G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Impulsionado principalmente pelo desempenho robusto do agronegócio, o crescimento brasileiro se destaca em meio à desaceleração global.

A OCDE, por exemplo, registrou expansão de apenas 0,1% no mesmo período, uma queda significativa em relação aos 0,5% do último trimestre de 2024.

O G7 também viu seu crescimento desacelerar de 0,4% para 0,1%, enquanto a zona do euro e a União Europeia tiveram avanço modesto de 0,3% cada.

Dos países da OCDE que já divulgaram seus números, 17 apresentaram desaceleração no crescimento econômico no início deste ano, sendo que quatro deles tiveram retração na atividade econômica.

O desempenho brasileiro supera o dos Estados Unidos, cuja economia encolheu 0,1% no primeiro trimestre. Segundo a OCDE, essa queda se deve, em parte, ao aumento expressivo nas importações americanas, que cresceram 10,8% no período, após uma queda de 1,3% no trimestre anterior, em reação às chamadas "tarifas recíprocas" impostas pelo governo Trump.

Muitas empresas norte-americanas anteciparam compras para reforçar estoques e evitar o impacto das tarifas futuras, gerando uma forte movimentação no comércio internacional.

Esse movimento é refletido também no Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos EUA, que subiu de 50,6 em abril para 52,1 em maio, indicando expansão da atividade no setor privado. 

Enquanto isso, a China principal parceiro comercial do Brasil e fortemente impactada pelas tarifas dos EUA registrou crescimento de 5,4% no primeiro trimestre de 2025.

O "tarifaço" também impulsionou a economia chinesa, com empresas reforçando estoques e elevando as exportações, o que contribuiu para a expressiva expansão do PIB da segunda maior economia mundial.

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