Maquiadores contratados como secretários geram repercussão no gabinete de Erika Hilton
Deputada do PSOL-SP afirma que assessores exercem funções parlamentares além da maquiagem
24 JUN 2025 • POR Carla Andréa • 18h01Dois maquiadores que atuam com a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) estão nomeados como secretários parlamentares na Câmara dos Deputados, gerando repercussão nas redes e entre críticos da parlamentar.
Índy Montiel e Ronaldo Hass, que frequentemente maquiam Erika para eventos e aparições públicas, ocupam cargos em comissão no gabinete da deputada e são remunerados com salários públicos.
De acordo com os registros da Câmara dos Deputados, Ronaldo Hass foi contratado em maio de 2024, mês em que recebeu R$ 9.678,22 de salário bruto. Já Índy Montiel atua no gabinete desde dezembro de 2023 e recebeu, em maio, R$ 2.126,59.
Além deles, o gabinete de Erika conta com outros 12 secretários parlamentares.
O regimento da Câmara prevê que secretários parlamentares possam exercer funções como coordenação de atividades administrativas, elaboração de pronunciamentos e gestão de agendas e passagens.
A definição prática das tarefas, no entanto, fica a cargo de cada deputado.
O que diz Erika Hilton
Em nota publicada nas redes sociais, Erika Hilton defendeu a contratação dos dois assessores, afirmando que suas funções vão além da maquiagem.
Segundo a parlamentar, ambos atuam em comissões, na produção de relatórios, na preparação de briefings e no diálogo com a população, além de acompanharem a agenda oficial em Brasília e durante viagens.
“Conheci eles como maquiadores, identifiquei outros talentos e os chamei para trabalhar comigo. Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os credito por isso. Mas se não fizessem, continuariam sendo meus secretários parlamentares”, disse a deputada.
Ela também reiterou que as contratações obedeceram aos critérios legais da Câmara, e que os profissionais foram escolhidos por sua capacidade técnica e confiança, como é de praxe em cargos comissionados.
Gastos e permissões
Cada parlamentar tem direito a contratar entre 5 e 25 secretários parlamentares e pode utilizar até R$ 133.170,54 por mês para pagamento de salários da equipe.
Os cargos são de livre nomeação e exoneração, e os contratados não precisam ser servidores públicos.
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