Justiça

Promotora quer júri popular de irmãos que mataram idoso a pauladas na Capital

A vítima teria sido morta por vingança, após supostamente acusar um dos irmãos de pedofilia

26 JUN 2025 • POR Vinícius Santos • 12h36
Argemiro Ribeiro da Silva - Assassinado em 2022 - - Foto: Brenda Assis

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pediu à Justiça que dois irmãos sejam levados a júri popular pelo assassinato de Argemiro Ribeiro da Silva, de 54 anos, morto a pauladas em janeiro de 2022, no bairro Morada Verde, em Campo Grande.

A manifestação foi feita pela promotora de Justiça Lívia Carla Guadanhim Bariani e ainda será analisada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Os acusados são Robson Ramos da Silva, o “Xitão”, e Valdeir José de Souza e Silva. Segundo o MP, eles espancaram a vítima com pedaços de madeira até a morte, na tarde de 21 de janeiro de 2022, na rua Jacinto Máximo Gomes.

Em alegações finais, a promotora afirmou que “Argemiro foi surpreendido e caiu ao solo, sendo espancado pelos denunciados e golpeado com os pedaços de madeira por Robson até sua morte”.

A denúncia inclui qualificadoras que podem agravar a pena em caso de condenação: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. 

A promotora sustenta que “os acusados foram denunciados como incursos nas penas do artigo 121, § 2º, incisos I, III e IV, § 4º, segunda parte, todos do Código Penal, com as implicações da Lei 8.072/90”.

De acordo com a acusação, o crime teria sido motivado por vingança. A vítima teria chamado Robson de pedófilo e se recusado a pagar bebida alcoólica aos irmãos. “Os acusados agiram diante do ódio vingativo, sentimento inspirado por razões injustificáveis e repugnantes”, diz a promotora.

O laudo necroscópico aponta traumatismo cranioencefálico como causa da morte. Também foi encontrado no local um pedaço de madeira com manchas de sangue, próximo ao corpo da vítima.

O MP requer a pronúncia dos acusados para que sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. O pedido está sob análise do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

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