Política

Projeto propõe liberação de spray de pimenta e arma de choque para mulheres na Capital

Proposta do vereador André Salineiro cria programa de autodefesa

30 JUN 2025 • POR Carla Andréa • 16h10
Para usar, as mulheres deverão participar de cursos de orientação - Reprodução/Senado Federal

A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu a proposta de um projeto de lei que autoriza mulheres maiores de 18 anos a adquirirem, possuírem e portarem armas de eletrochoque (de incapacitação neuromuscular) e spray de pimenta (de extratos vegetais) como forma de legítima defesa.

A iniciativa é do vereador André Salineiro (PL) e tem como foco o enfrentamento à violência contra a mulher.

Pelo texto, adolescentes a partir de 16 anos também poderão portar o spray de pimenta, desde que autorizadas por um responsável legal.

O projeto institui o Programa Municipal de Promoção da Defesa Pessoal e Autoproteção Responsáveis para Mulheres, que prevê não apenas o acesso aos dispositivos de defesa, mas também capacitação por meio de aulas práticas e orientação sobre uso seguro e legal.

“A mulher precisa ter o direito de se proteger com preparo, segurança e dentro da lei. Esse projeto garante o acesso responsável a meios de defesa e contribui para que as vítimas não se sintam desamparadas diante da violência”, afirmou Salineiro.

A proposta ainda estabelece critérios rigorosos para a autorização, como participação em cursos de orientação, avaliação psicológica, emissão de certificado de posse e porte, além da exigência de ficha criminal limpa.

As aulas serão ministradas por profissionais habilitados em defesa pessoal e artes marciais.

A justificativa do projeto se baseia em dados alarmantes sobre a violência contra mulheres na Capital. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), entre janeiro e novembro de 2024, foram registrados 9 feminicídios consumados e 15 tentativas apenas em Campo Grande.

“É uma medida que responde a uma realidade dura e crescente. Não podemos aceitar que mulheres continuem sendo alvos fáceis da violência”, destacou o vereador.

O projeto aguarda parecer das comissões permanentes da Casa de Leis antes de seguir para votação em plenário.

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