Polícia

Gaeco mira policial penal e grupo que traficava usando cilindros de oxigênio em MS

Foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em 11 cidades

9 JUL 2025 • POR Luiz Vinicius • 13h23
Gaeco voltou às ruas de várias cidades - Divulgação/MPMS

Operação deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta quarta-feira (8), tenta desmantelar um grupo especializado no tráfico de drogas, que usava cilindros de oxigênio e caminhoneiros para não serem pegos.

A ação cumpriu 67 mandados, sendo 37 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão, nos municípios de: Campo Grande, Corumbá, Dourados e Ladário em Mato Grosso do Sul. Além disso, estiveram em Caiuá, Campinas, Mairinque, Mirandópolis, São José do Rio Preto e São Paulo, e também em Uberaba, em Minas Gerais.

As investigações revelaram a atuação de uma organização criminosa altamente estruturada, com extensa rede de distribuição de drogas, com vários integrantes – incluindo policial penal cooptado – e voltada, principalmente, ao tráfico de cocaína e pasta-base.

No início desta investigação, ainda em setembro de 2024, foi possível apreender grande quantidade de drogas que pertenciam a essa organização criminosa e circulavam transportadas em cilindros de oxigênio. Na ocasião foi encontrada uma carga de 146,860 kg de cocaína; 267,990 kg de pasta-base de cocaína; 7,550 kg de haxixe marroquino e 2,250 kg de skunk, totalizando 424,310 kg de entorpecentes da organização criminosa.

O transporte dos entorpecentes é feito, majoritariamente, por meio de caminhões utilizados no transporte rodoviário de cargas, sendo que a logística criminosa se apoia no aliciamento dos motoristas atuantes no setor, que recebem valores para realizar o transporte clandestino de drogas escondidas entre cargas lícitas.

Para burlar a fiscalização, a organização criminosa utiliza diversas estratégias de ocultação, como o acondicionamento dos entorpecentes em estepes e, conforme constatou da referida apreensão, até mesmo no interior de cilindros de oxigênio adulterados.