Justiça

Juiz torna réu homem acusado de matar o próprio pai a facadas em Campo Grande

O juiz Aluizio Pereira dos Santos aceitou a denúncia do Ministério Público, e o réu Sahu Abel Heyn pode ser levado a júri popular

9 JUL 2025 • POR Vinícius Santos • 13h36
Filho e pai - - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, em atuação na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, aceitou denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e tornou réu Sahu Abel Heyn, de 35 anos, pelo assassinato de seu pai, Hugo Abel Heyn, de 59 anos. O crime ocorreu no dia 26 de junho deste ano, em uma residência localizada na Rua Orlando Daroz, no bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian.

Conforme a denúncia, o acusado deve ser julgado por homicídio qualificado, conforme o artigo 121, § 2º, inciso II, do Código Penal, com as implicações da Lei nº 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos).

A denúncia, assinada pela promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani, aponta que o crime foi cometido por motivo fútil. Segundo a acusação, o réu confessou o crime e o relato foi confirmado por uma testemunha ocular. O desentendimento entre pai e filho teria ocorrido por ciúmes de uma suposta companheira do acusado.

Na narrativa apresentada pelo MP, Sahu chegou à casa da família com garrafas de cerveja e foi até a sala, onde o pai assistia a um jogo de futebol. Após uma discussão, Hugo teria rido da situação e se recolhido ao quarto. 

Inconformado, Sahu foi até a cozinha, pegou uma faca e tentou entrar no quarto. A mãe trancou as portas e janelas tentando impedir a entrada do filho. No entanto, ele conseguiu arrombar a porta e, já no cômodo, atacou o pai com golpes de faca, além de chutes e socos.

Ela ainda tentou impedir a ação, mas, sem sucesso, saiu da casa para pedir ajuda a vizinhos. O acusado fugiu do local. Hugo não resistiu aos ferimentos e morreu no quarto.

O MP pediu pena agravada, já que o crime foi cometido contra o ascendente. Com o recebimento da denúncia, o juiz determinou a citação do réu para apresentar defesa por escrito em até 10 dias. 

Caso não o faça nem indique advogado, a Defensoria Pública será acionada. O magistrado também solicitou a juntada de antecedentes criminais do réu e a requisição de laudos periciais pendentes, com prazo de cinco dias para cumprimento.

Após permanecer foragido, o réu Sahu Abel Heyn foi localizado e preso pelas autoridades. Desde então, segue sob custódia, à disposição da Justiça, enquanto responde pelo homicídio do próprio pai. O processo agora segue para a fase de instrução judicial.

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