Após tarifa de Trump, Brasil anuncia reciprocidade e contesta alegação de déficit dos E.U.A
A nova ofensiva comercial do presidente norte-americano, que notificou 21 países, também mira diretamente o Brics
10 JUL 2025 • POR Sarah Chaves • 10h23Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviar uma carta anunciando uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros que deve entrar em vigor em 1º de agosto, o presidente Lula respondeu que haverá reciprocidade e defendeu soberania em assuntos que vem sendo questionados pelo norte-americano.
Recentemente a Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, emitiu uma nova intimação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suposta censura ao determinar o bloqueio de usuários nas redes sociais na ação movida pela Trump Media, que pertence ao presidente americano, Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble.
"No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira", disse Lula em resposta nesta quinta-feira (10).
Já no contexto dos julgamentos do atos de 8 de janeiro de 2023, no qual Donald Trump apontou que o ex-presidente inelegível, Jair Bolsonaro, estaria sofrendo perseguição. Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser "tutelado por ninguém". "O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais".
A nova ofensiva comercial de Donaldo Trump que notificou 21 países também mira diretamente o Brics grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que Trump acusa de tentar minar a hegemonia do dólar.
"É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos. Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica [...]"
O presidente Lula avalia recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a taxação do presidente dos Estados Unidos.
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