Perícia conclui que pen drive encontrado em casa de Bolsonaro é irrelevante para investigação
Ex-presidente havia negado saber da existência do item e disse que perguntaria a Michelle se era dela
21 JUL 2025 • POR Carla Andréa, com g1 • 15h43A Polícia Federal concluiu a análise pericial do pen drive apreendido em um banheiro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, e determinou que o conteúdo do dispositivo é irrelevante para o inquérito em andamento.
A informação foi confirmada por fontes ligadas à investigação. O dispositivo foi localizado durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura suposta coação contra o Judiciário por parte de Bolsonaro e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Encaminhado para o laboratório da Polícia Federal, o pen drive chegou a ser considerado uma possível peça de interesse na apuração de crimes contra o Estado Democrático de Direito.
No entanto, o resultado da perícia descartou qualquer relação relevante com os fatos investigados.
Questionado sobre o dispositivo na última sexta-feira (18), Jair Bolsonaro afirmou desconhecê-lo. “Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso”, disse o ex-presidente.
Celular ainda está sob análise
Diferente do pen drive, a perícia no celular de Bolsonaro ainda está em andamento e não tem prazo definido para ser concluída. Investigadores afirmam que a extração de dados armazenados em nuvem é mais complexa e demanda mais tempo.
O objetivo da análise é identificar possíveis conexões com os crimes sob apuração.
Outros materiais apreendidos
Além do pen drive e do celular, a PF também apreendeu US$ 14 mil em espécie, R$ 8 mil e uma cópia impressa de uma ação movida nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.
A petição foi protocolada pela plataforma de vídeos Rumble, que alega censura judicial no Brasil, e conta com o apoio do Trump Media & Technology Group, empresa ligada ao ex-presidente norte-americano Donald Trump.
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