Eduardo Bolsonaro admite boicote à comitiva brasileira nos EUA
Nelsinho Trad, senador por MS, lidera comitiva no esforço por diálogo com representantes da Casa Branca
29 JUL 2025 • POR Carla Andréa • 18h44O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou estar atuando diretamente para impedir que a comitiva de senadores brasileiros em visita aos Estados Unidos consiga se reunir com representantes da Casa Branca.
O grupo viajou a Washington com o objetivo de distensionar a relação comercial entre os dois países e negociar o fim das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump a produtos brasileiros.
Em entrevista concedida na segunda-feira (28), Eduardo Bolsonaro declarou que trabalha para bloquear os encontros e condicionou o fim das barreiras econômicas a uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
“Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo. O problema é uma crise institucional, é um problema dentro do Judiciário, é um problema político e não meramente econômico. Se o Brasil der um primeiro passo para mostrar que está disposto a resolver essa situação, o Trump abre uma mesa de negociação”, afirmou o deputado, que está morando nos Estados Unidos desde que se licenciou do cargo.
A comitiva de oito senadores, liderada por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, iniciou sua agenda em Washington com uma reunião com a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti.
No entanto, segundo fontes diplomáticas, o acesso da embaixadora a representantes da Casa Branca também foi barrado por interferência de Eduardo Bolsonaro.
Os parlamentares se reuniram ainda com lideranças empresariais na sede da Câmara Americana de Comércio e têm ao menos seis encontros agendados com congressistas estadunidenses nesta terça-feira (29).
Enquanto isso, no Brasil, o governo federal articula um plano de contingenciamento para proteger setores produtivos afetados pelas tarifas.
A medida, que conta com o envolvimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do vice-presidente Geraldo Alckmin, busca preservar empregos e mitigar os efeitos econômicos negativos caso as restrições entrem em vigor.
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