Economia

Longen critica interferência política e celebra avanço comercial com os EUA

Ao citar "bobo da corte, que se intitula porta-voz da Casa Branca", o presidente da Fiems ressalta "atividade econômica acima de tudo"

31 JUL 2025 • POR Vinícius Santos e Sarah Chaves • 11h53
Sérgio Marcolino Longen, Presidente da FIEMS - - Foto: Sarah Chaves

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, falou nesta quinta-feira (31), durante evento com o governador Eduardo Riedel (PSDB), sobre o cenário empresarial entre Brasil e Estados Unidos diante das taxações impostas pelos EUA ao Brasil.

Ele comentou a decisão recente do governo americano de flexibilizar tarifas sobre alguns setores estratégicos, que era uma preocupação do setor empresarial brasileiro para evitar que a política se sobrepusesse à economia. 

“Foi aquilo que eu e muitos outros empresários gostariam que acontecesse: que a gente voltasse a discutir o cenário empresarial americano e brasileiro, os países que criam suas regras, mas que o tema político saísse da mesa.”

Longen também comentou a postura americana, afirmando que “o americano é o americano”, ou seja, “a atividade econômica está acima de tudo”. “Nunca ele iria misturar a economia com a política, como foi vendido para o Brasil por um bobo da corte, que muitas vezes se intitula porta-voz da Casa Branca, para discutir com o país uma ação que não é verdadeira. E nós podemos testemunhar isso”, criticou, referindo-se ao deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Sobre a missão comercial brasileira nos Estados Unidos, Longen ressaltou a atuação dos senadores Tereza Cristina e Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Eles foram muito bem recebidos, com uma agenda tensa por conta das sobretaxas. Essas ações são assuntos da Casa Branca e ficaram de certa forma impedidas de serem discutidas pelas comissões setoriais, que não tinham mais poder para decidir.”

O presidente da Fiems agradeceu publicamente os senadores pela presença. “Nossa ida ao mercado americano foi de grande valia. Os senadores marcaram posição clara: que as sobretaxas são um risco para a empresa brasileira e também para a empresa americana.”

Ele destacou que Mato Grosso do Sul já foi contemplado na flexibilização das tarifas do governo americano em setores como celulose e ferro-gusa, entre outros produtos. “Estamos buscando novas oportunidades no maior mercado consumidor do mundo, como no caso da carne. Já estamos preparando uma reunião com o presidente do sindicato dos produtores de frigoríficos do Estado para finalizar uma proposta de exportação de carne e proteína para outros países.”

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