Interior

Homem que matou professora alega traição dela em carta aberta em Ribas do Rio Pardo

"Botei fim nessa vida canalha dela", escreveu Anderson Aparecido antes de cometer suicídio após o feminicídio

1 AGO 2025 • POR Luiz Vinicius • 13h13
Cinira foi morta a facadas - Redes Sociais

Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, responsável pelo feminicídio de professora e ex-mulher Cinira de Brito, de 44 anos, em Ribas do Rio Pardo, deixou uma 'carta aberta' explicando os motivos que levaram ele a cometer o crime nesta quinta-feira (31).

A mulher foi morta com várias facadas, enquanto o homem ingeriu veneno de rato e desferiu golpes de faca no próprio tórax. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para Campo Grande, contudo, não resistiu.

A mensagem foi divulgada em vários grupos da cidade, o que deixou bastante gente surpresa com a situação, principalmente pelo teor que ele expôs os motivos.

Num dos primeiros parágrafos, Anderson cita que "traição não tem perdão" e que colocou fim "na vida canalha" de Cinira. "Hoje eu dei o que ela procurou a vida toda", escreveu.

Em determinado trecho, ele pede desculpas as duas filhas e a cunhada, irmã de Cinira, pelo que cometeu.

"Eu sei que é sua irmã, as ela procurou isso a vida toda, todos os dias da vida dela. Não bastando ainda é desaforada, além de estar errada. Ela nunca tinha achado um homem na vida dela, agora achou. Peço perdão a todos pelas minhas falhas, meus defeitos", disse.

A carta é descrita com vários pedidos de desculpas direcionados a pessoas ligadas a Anderson, mas em todo o momento, ele "culpabiliza" Cinira pelo ocorrido, alegando que "o demônio dentro de mim que estava cobrando, a vingança venceu".

"Cada um paga sua dívida, ela tá pagando a dela, eu pago a outra parcela minha, que uma parcela já e o que essa vagabunda me fez", descreve.

Sobre a relação de uma suposta traição, Anderson insinuou que Cinira vivia sendo amante de várias pessoas.