Mais da metade dos brasileiros se arrepende de emprestar dinheiro a amigos, diz pesquisa
Mistura entre amizade e finanças causa arrependimento, afastamentos e até dívidas em nome de terceiros
1 AGO 2025 • POR Carla Andréa • 16h52Uma pesquisa realizada pela Serasa revelou que, quando o assunto é dinheiro, até as amizades mais sólidas podem enfrentar turbulências.
Segundo o levantamento, 61% dos brasileiros já se arrependeram de ter emprestado dinheiro a um amigo. Apesar da disposição em ajudar, os dados mostram que a mistura entre finanças e amizade muitas vezes resulta em frustrações e até rompimentos.
O estudo, conduzido entre 24 de junho e 7 de julho pelo Instituto Opinion Box, ouviu 909 pessoas de diferentes faixas etárias e regiões do Brasil.
O levantamento mostrou que 82% dos entrevistados já emprestaram dinheiro a um amigo, enquanto 67% admitiram já ter pedido ajuda financeira a alguém próximo.
Mais do que isso, 30% chegaram a contrair empréstimos bancários para socorrer um amigo, uma atitude que, para muitos, acabou tendo consequências negativas: 40% ficaram com o nome sujo por causa disso.
Ainda de acordo com a pesquisa, a questão financeira já causou o afastamento de 31% dos entrevistados em relação a amigos.
"Os dados mostram que a amizade continua sendo uma rede de apoio importante para os brasileiros, inclusive nas finanças. Ao mesmo tempo, revelam como a falta de planejamento pode transformar boas intenções em conflitos", explicou Thiago Ramos, especialista da Serasa em educação financeira.
A pesquisa também destacou que 57,5% dos brasileiros acreditam que dinheiro e amizade não combinam, mesmo que os laços sociais estejam presentes nas decisões econômicas do dia a dia.
Prova disso é que 67% já compraram algo por influência de amigos e 43% compartilham entre si promoções, cupons de desconto e dicas de economia.
Apesar da aparente intimidade, falar sobre finanças ainda é um tabu. Cerca de 59% dos entrevistados confessaram esconder dívidas ou problemas financeiros de amigos por vergonha.
E isso pode atrapalhar até nas situações cotidianas, como reuniões e saídas em grupo: apenas 33% dizem dividir os gastos de maneira justa com frequência, e 9% afirmam que sempre há alguém que paga mais, o que gera desconforto.
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